Capítulo 20 - Bem-vinda ao parque

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  Depois de fazer meu trabalho  eu fui embora pela porta do fundos

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  Depois de fazer meu trabalho  eu fui embora pela porta do fundos.

Em qualquer outra cidade eu seria pego no mesmo dia, mas ali? Os policiais não vêm assassinatos como prioridade.
O fogo queimou a maioria dos rastros que eu havia deixado, isso custaria o tempo dos desgraçados, eles não se dariam ao trabalho de achar mais rastros,examinar o corpo de Rosie,colher informações.

Eles só se importavam em manter aparências.
Não querem que a cidade se envolva em escandâlos, ao menos é isso que dizem.
Eles forjam provas,e inventam uma história qualquer para encobrir a preguiça e a incompetência.
E bom, o povo acredita.
O que é bom para mim e ruim para as pessoas que me despertarem interesse.
Ruim? Talvez elas até gostem do que eu faço.
Se Rosie pudesse falar eu tenho certeza que me agradeceria pelo o que eu fiz para ela.

A solidão habitava sua casa e eu, mesmo que estando pouco tempo ao seu lado a fiz feliz,os seus olhos me mostraram isso enquanto eu passava a  navalha em seu pescoço.
Eu a toquei,e a fiz sentir algo.
Fiz ela sentir medo, fiz seu coração acelerar.
Ela se sentiu viva comigo.
E o preço por esse sentimento foi a morte, foi a sua liberdade.
A doce liberdade para a doce Rosie.
Minha Rosie.

{···}

Quando o dia amanheceu, Georgia saiu de sua casa e pôs se a caminhar rapidamente.
Juntamente, fui atrás da cacheada.

Com o fone nos ouvidos sequer prestava atenção no que acontecia a sua volta.
Os pássaros abandonavam seus ninhos e colocavam-se a cantar a mais doce melodia.
Era como se eles me dissessem:
"Mate Georgia,Phill. Mate"

Sempre fui um amante de pássaros,principalmente quando eu os desmembro e penduro seus corpos ensanguentados e maleáveis na parede cinzenta do meu quarto.
Ah,eu os obedeceria.

Se eles querem que eu mate Georgia,eu o farei.

{···}

Me lembrei da primeira vez que a vi.
Seus olhos verdes brilhavam com as luzes da casa noturna.
Os cachos negros balançavam no ritmo da música,assim como seu corpo.
E que corpo!

Agora ele dançava no ritmo da corrida.
E dançaria ainda mais comigo, quando eu esmagasse sua cabeça, assim como eu fazia com os ratos em minha infância.
Seu belo rosto ficaria irreconhecível, e seu sangue lavaria minhas mãos.
Ah,Georgia.

As sombras das árvores e arbustos encobriam minha presença e minhas intenções,mas não minha vontade de arrancar fora seus olhos esmeralda.

Ela ia em direção a um parque afastado do centro, estava sempre vazio e naquele horário a neblina tomava conta do pacífico lugar.

A encarei por alguns longos minutos,ainda afastado de seu cheiro e seu corpo.
Afastado,apenas por enquanto.

Apreciei a imagem que criei em minha mente de seu corpo coberto de sangue e os pedaços de sua bela cabeça espalhada pela úmida grama do parque. O lugar era repleto de pedras grandes e pequenas.
Não usaria um martelo para acertá-la.
Ela era especial, merecia algo diferente.
Algo que esmagasse suavemente seu crânio.
Suave e mortalmente.

Fitei o chão e me vi no lugar perfeito. Gritei o nome de Georgia,mas ela ignorou o meu chamado.
Apenas continuou a correr,a exercitar seu corpo que logo estaria sem vida.
Pela primeira e última vez eu gritei por seu nome.
A vadiazinha me ignorou.

Enfurecido peguei uma pedra média que estava sobre uma pequena faixa de concreto e arremessei em sua direção.
Minhas mãos tremeram e não consegui acertá-la, o ódio em mim apenas crescia, rápida e intensamente.

Caminhei com passos firmes em sua direção e a agarrei pelos cabelos:

- Você me ignorou Georgia.
Você me ignorou vadia de merda! - fingindo não entender o que acontecia ali, a cacheada gritou por socorro. - Ninguém vai te ouvir, grite.

Ela se debateu enquanto eu a arrastava até o centro do parque.

- Socorro! Alguém me ajude. - clamou entre soluços e lágrimas, o que me deixou ainda mais ansioso para o que aconteceria logo após.

Em um súbito silêncio ouvi algo. Um barulho agudo,vinha de seu bolso.
A puxei até mim e rasguei seu bolso,retirando de lá um celular.

- Acha que vai fugir maldita? - a soquei no rosto para que ela parasse de se mexer tão freneticamente.

Uma foto dela e de Lexi e Rosie tomava conta da tela de seu celular.

5 novas mensagens
Lexi

Sorri e antes que ela voltasse a se mexer abri a caixa de mensagens.

Lexi
Online

Onde você está Georgia? Eu já cheguei no parque,me encontre na ponte próxima ao lago.

Enxuguei o suor da testa da cacheada e a mostrei seu celular.

- Temos companhia, não vamos nos divertir sozinhos docinho.

- Temos companhia, não vamos nos divertir sozinhos docinho

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