Capítulo 24 - Revelação

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Phill

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Phill

Era insana a idéia de ter um bebê morando comigo.
Algo tão pequeno e tão frágil, tão odiável e irritante.
Seu choro me causava ódio, seus gritos agudos e insuportáveis me faziam querer arrancar sua cabeça fora, mas eu me controlei.

O garoto estava a beira de completar seu primeiro ano.
Seria uma data especial para qualquer pessoa idiota que idolatra essas criaturas miseráveis, mas pra mim era apenas outro dia de merda em que eu tentava ensiná-lo a fazer algo de útil.

Seus brinquedos eram pássaros vivos, ele ainda não tinha controle sobre sua força nem sobre suas mãos, e eu gostava disso.

Ele apertava e esmagava os pequenos penados até que sangue escorresse entre seus dedos mínusculos, ele esbanjava um sorriso banguela, parecia apreciar aquilo tanto quanto eu.

Todos dizem que crianças são seres inocentes que não sabem o que fazem, dizem que são anjos na terra. Bom, anjos não esmagam pássaros não é mesmo? Rick sabia o que fazia, o sorriso em seus pequenos lábios rosados me mostravam aquilo.
Ele era igual a mim, "doente" como todos dizem.

O peguei em meus braços com certo nojo, e o levei até o parque. Eu mostraria a ele onde Lexi havia morrido, eu lhe ensinaria a fazer o que eu faço.

O garoto ria ao ouvir o canto dos pássaros, a luz do sol iluminava suas bochechas volumosas deixando em um leve tom avermelhado.

Revirei os olhos e belisquei seu braço, fazendo-o chorar amargamente.
Ergui sua camiseta e vi a marca de meus dedos em sua pele, um pequena quantidade de sangue escorria do local.
Haviam marcas por todo o seu corpo, eu simplesmente não suportava ouvir sua risada infantil ou feliz.
A vida é amarga, e ele terá que aprender isso.

- Está vendo essa faca garotinho? Se eu ver mais alguma lágrima escorrendo de seus olhos eu os arranco com ela. - retirei a lâmina rapidamente de meu bolso, Rick olhava fixamente para o objeto. - Eu me diverti com uma amiga de sua mãe bem aqui, o nome da vadia era...

- Phill Grey, coloque a criança no chão e vire-se devagar. - virei meu corpo em direção e vi o sujeito, um homem de meia idade com um bigode negro bastante peculiar. - Você é surdo seu maldito? Largue a criança.

- Se não? - coloquei minhas mãos no pescoço do bebê, o pressionando. - O que vai fazer?

- O que eu vou fazer? - o homem colocou a mão no queixo por um instante. - Vou fazer isso! - senti algo perfurar minha pele, conseguia sentir o sangue quente pulsando para fora do meu corpo. Minha perna estava ensopada.
O desgraçado havia atirando em mim.

- Delegado, detetive Anniston falando. Phill Grey está aqui, eu peguei o miserável! - exclamou animado, ele se comunicava com os outros por um rádio.

- Demorou mas finalmente conseguimos te achar. Já fazem quase dois anos desde o assassinato das três garotas, você se escondeu bem moleque. - não conseguia ficar em pé devido ao tiro, então apenas o observava do chão com um sorriso ardiloso no rosto. - Você está preso Grey! Pelo visto sequestro , tortura e assassinato não foram seus únicos crimes. A prisão perpétua aguarda por você!

Entre se quiser , saia se conseguirWhere stories live. Discover now