𝐋𝐁. 𝑺eus nervos eram inexistentes, assim como sua empatia. Alyssa Blake sempre tivera uma imensa tolerância à dor, sendo assim uma vantagem no caminho que escolheria para seguir. Considerada como uma sociopata por todos, a mulh...
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( culpado )
ALYSSA SEMPRE FICAVA entediada facilmente. Em alguns momentos mais rápido do que o normal. Ela simplesmente não conseguia evitar. Pessoas eram tediosas em toda a sua notoriedade. E, tudo o que ela não esperava, era que Bucky Barnes fosse ser tão tedioso assim.
Depois de quase 1 semana observando o Soldado, o máximo que pode. A Blake percebeu que ele não fazia praticamente nada o dia inteiro. Quer dizer, a noite ele saía para ir ao museu do Capitão América, mas também não fazia nada demais.
Não que a loira estivesse esperando que ele saísse para matar pessoas a noite - e as vezes de dia também. Mas Alyssa nunca pensou que as coisas fossem assim tão chatas. Era praticamente a mesma rotina todos os dias. Ele não comia, não saía de casa para comprar nada. Apenas se isolava do mundo e só saía quando sentia vontade.
Se eu estivesse no lugar dele, pensou ela, também me isolaria do mundo.
A Blake o observava distante. Bucky parecia concentrado, observava as imagens no telão e passava os olhos pelo texto que contava sua própria história. Alyssa se perguntava como deveria ser para ele e ler e observar tudo aquilo. Todos consideravam que Barnes estava morto - se sacrificou pelo bem da América. Mas, na realidade, foi usado e manipulado pelo exército inimigo. Ela não se importava com ele, mas tinha curiosidade sobre.
Alyssa bufou. Era a sexta vez na semana que estava ali, nada de diferente. Decidiu dar meia volta e ir embora. Não aguentava mais os saltos que utilizava e a saia rodada rodada que usava era ridícula demais. Por mais que estivesse acostumada a fingir ser algo que não era, a loira não conseguia suportar certos tipos de roupa.
Saiu do museu e esperou um táxi do lado de fora. Alyssa não iria assumir, mas estava preocupada. Precisava dar um jeito no soldado logo, seu tempo estava se esgotando. Parecia ser cada vez mais difícil se aproximar dele e isso só piorava o seu lado. Ela não temia a morte, nunca temeu. Mas, sabia que iria para a lista negra de pessoas muito perigosas e isso era tudo o que ela não queria. Demorou muito para a Blake conseguir a reputação que tinha. Os treinos constantes e a desconfianças se algum de seus clientes, fizeram parte do inicio de tudo.
Ela se lembrava até hoje de seu primeiro trabalho. Foi um trabalho grande para alguém que estava apenas no começo. Por mais que muitos não confiassem nela, alguns estavam dispostos a testa-la até o limite. E foi isso que o chefe do Quartel Guerra fez.
─ O que você tem que fazer é bem simples, criança ─ o mexicano disse, mexendo em alguns utensílios de tortura em cima da mesa ─ Esse homem sentado na cadeira, roubou uma das minhas cargas. Faça ele confessar onde elas estão, o que fez com elas. Esse tipo de coisa.
Uma jovem e inexperiente Alyssa Blake, observou o homem com cautela. Era jovem, devia ter no máximo 30 anos. Cabelos bem cortados, roupas caras que foram rasgadas por causa da surra que levará dos capangas de Guerra. Tinha uma tatuagem no antebraço. Uma flor com espinhos e um tipo de faixa em volta, escrito: 'abrió la puerta a la oscuridad y ahora ya no puede dejarla ir'
