𝐋𝐁. 𝑺eus nervos eram inexistentes, assim como sua empatia. Alyssa Blake sempre tivera uma imensa tolerância à dor, sendo assim uma vantagem no caminho que escolheria para seguir. Considerada como uma sociopata por todos, a mulh...
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(um tempestade como ela )
BUCKY SABIA QUE NÃO DEVERIA ESTAR BA RUA. Era tarde demais, escuro demais. Muitos dizem que, quando a noite chega, os verdadeiros monstros saem a caça e isso é verdade. É fácil encontrar as pessoas ruins na escuridão. Aqueles que só tem o objetivo de cruzar algum infeliz que pudesse machucar ou roubar. Mas, mesmo sendo uma pessoa infeliz, Barnes sabia se defender muito bem e atravessar o seu caminho, era um destino mais que doloroso.
Ele não gostava de ser assim. Mas, em alguns momentos, simplesmente não tinha controle sobre quem era e o que fazia. Quando sua mente se desligava por completo, memórias do passado não eram o suficiente para salva-lo. Na verdade, apenas em um momento foi realmente eficaz: quando estava lutando contra o Capitão América. Mas, depois daquilo, ele só estava caindo cada vez mais na escuridão e isso era algo nítido.
Bucky deslizou as mãos para os bolsos do casaco azul surrado, que usava a meses. As golas eram altas o suficiente para ajudar a cobrir seu rosto, junto com o boné em sua cabeça, que cobria um pouco de seus olhos. Seu foco ainda estava no chão, mas especificamente em seus sapatos sujos de lama. Algumas gotas de chuva começaram a despencar do céu, calmas e silenciosas como aquela noite estava sendo para ele.
Enquanto passava perto de uma loja, Barnes não conseguiu evitar reparar nela. Os cabelos loiros, os saltos que sempre faziam um barulho enquanto ela andava, o cheiro do perfume que a mulher deixava no ar. Evelyn não havia o notado quando saiu daquele loja carregando algumas sacolas. Ela apenas continuou seu caminho na frente dele. Bucky arrastou mais os passos. Ainda se lembrava da última vez que os dois estavam juntos, quando ele quase a machucou. Desde aquele dia, não conseguiu se aproximar da mulher como antes. Tentava evita-la, afasta-la de seus pensamentos, mas sempre se pegava pensando nela.
Mesmo com esse afastamento repentino, da parte dele, Evelyn continuava sendo gentil, deixando algumas compras que fazia na porta dele. Continuando o trabalho de seu avô de cuidar do homem desconhecido e solitário que morava ao lado. Bucky ainda se perguntava o porquê dele continuar tentando tanto. Sabia que não valia a pena o esforço da mulher, ela apenas estava perdendo tempo com ele.
Sua atenção voltou para o chão, para os passos que dava. Desviou de algumas pessoas e deixou ser levado pela melancólica do momento, até o instante onde a ouvir gritar. Um grito fino de mulher, de alguém que parecia familiar. Quando Bucky ergueu o olhar novamente, percebeu que Evelyn já não estava mais a sua frente. A rua estava praticamente vazia novamente, se não fosse pela silhuetas no beco, que acabaram chamando a atenção de Barnes.
Quando chegou na entrada do beco, James pode vê-la sendo agarrada por um homem. Suas compras estavam no chão, jogadas, enquanto aquela pessoa a prendia contra a parede, a forçando e passando as mãos violentas pela pele pálida da mulher. Evelyn chorava e implorava para que ele parasse repetidamente, enquanto o homem apenas continuava e despejava palavras sujas para ela. Ao ver a cena, Bucky não conseguiu conter a raiva que passou pelo seu corpo. Fechou as mãos em um punhos, estalando os dedos enquanto o fazia. Sem pensar duas vezes e deixando a fúria tomar conta de todo o seu ser, Barnes partiu para cima do homem sem dizer uma palavra se quer.
