N O V E

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J U N G K O O K

- O-o que? - Jimin perguntou confuso após minha revelação repentina.

   Não respondi nada, apenas o puxei para outro beijo.
   Jamais poderia imaginar o quanto o sexo poderia ser tão prazeroso quando feito com sentimentos envolvidos. Apesar de fazer sexo toda semana, eu nunca havia sentido algo por meus clientes, então sexo pra mim havia se tornado algo carnal, apenas pelo prazer.

   Mas Jimin conseguiu me conquistar nesses pouquíssimos dias, com seu jeito meigo e manhoso, mas também com seu lado sedutor. Confesso que tive interesse no garoto desde a noite na boate.
   Mas devo ser consciente e não deixar isso se repetir, pois não quero me magoar caso o Jimin me esqueça quando voltar pra casa, nem quero alimentar seus "sentimentos" errados por mim.

- Vamos para a sala antes que meu pai nos mate! - ri.

   Fomos tomar banho e nos vestir para descer. Jimin estava calado e tenso o tempo inteiro enquuanto me observava, mas apesar disso ter me preocupado, não dei muita atenção.

- Jungkookie... qual o significado das suas tatuagens? - perguntou enquanto me olhava.

- Vem aqui! - sentei na cama, dando tapinhas em minhas coxas para ele sentar ali, de frente para mim - O dragão chinês é minha mãe! Seu nome, Jung-gug Yong, significa "dragão chinês". Eu fiz ele escondido do meu pai dois anos após a morte dela... significa muito pra mim!

- Jeon Jung-gug Yong... é um belo nome! - disse enquanto passava os dedos pelo desenho permanente em minha pele - E a mandala na mão?

- Ah, não tem um significado. É que eu gosto muito de mandalas, então...

- Suas tatuagens são lindas! - disse com os olhos brilhando - Eu queria fazer uma tatuagem, mas seria um escândalo pra minha família! - riu.

- O corpo é seu, Jimin! Pode fazer com ele o que bem entender! - acariciei seu rosto.

- Quem dera fosse fácil! - respirou fundo antes de ficar de pé - Bom, acho melhor descermos!

   Sorri, ficando em pé e dando um beijo em Jimin antes de guiá-lo até a porta.
   Quando chegamos na sala, meu pai estava com uma mala enorme aberta no chão. Dentro da mala, vários dólares organizados em barra. Meus olhos brilhavam com tanto dinheiro, assim como os dos outros dois ali presentes.

- Adivinhe? Park Jaemin decidiu pagar pelo filho! - meu pai disse, contando todo o dinheiro - É, garoto, você ainda é importante pra eles!

   Jimin estava com a expressão fechada, quase em choque. Segurei sua mão em uma tentativa falha de reconfortá-lo, mas as coisas que se passavam em sua cabeça não o deixavam se acalmar.

- Isso... quer dizer q-que eu...?

- Você vai pra casa? HAHAHA NÃO SEJA ESTÚPIDO, GAROTO! - o mais velho puxou uma arma de sua cintura e mirou em Jimin - Eu vou te devolver sim, mas vai ser morto!

- VOCÊ ENLOUQUECEU? - me coloquei na frente do garoto, que chorava e tremia - Vai matá-lo? Depois de toda essa merda você vai matar o garoto, pai?

- Quer saber o real motivo do sequestro? Pois bem, eu vou explicar... - começou á andar de um lado para o outro - Tudo começou um ano depois de você nascer! Sua mãe era empregada na mansão dos Park.  Sempre deu seu melhor e trabalhou sem reclamar de nada ali. Ela e senhora Park engravidaram ao mesmo tempo, mas havia um problema; senhora Park ficou muito doente no terceiro mês de gestação, e os médicos disseram que nem ela nem o bebê sobreviveriam. O pai desse garoto aí ofereceu muito dinheiro pra minha esposa para que ela lhe desse nosso bebê, mas ela recusou e foi demitida.
Porém, senhora Park teve uma melhora no quarto mês, então convidou sua mãe para uma tarde de chá. O que sua mãe não sabia era que o chá que deram pra ela era o que as mulheres tomavam pra abortar seus bebês naquela época...

⊷ Estocolmo ⊷Where stories live. Discover now