11 | A exposição do assassino

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Todos no acampamento estavam impacientes. Imaginavam todo o tipo de coisa que podia haver naquele lugar.

O pensamento mais próximo da realidade foi o de Yvee:

Alguém neste lugar está fazendo armadilhas, mas para quê? Quem sabia que viríamos? Será que a informação vazou para todo mundo saber lá na escola? Mas não, só a professora Megg sabia, ela não espalharia pra ninguém. Espero que esteja tudo bem com os meus amigos...

Um arrepio envolveu Yvee.

Ela não era a única a estar confusa sobre o que havia naquele lugar. Todo mundo expressava uma mistura de curiosidade e medo.

Os pensamentos variavam de "devem estar brincando, só pra pregar um susto na gente" a "querem nos pegar... sequestro... recompensa em dinheiro em troca de vidas...", enfim... as opiniões eram assustadoras. E os conflitos em suas mentes continuavam.

A que demonstrava mais pânico era a Yvee, com certeza.

Ela se assustava com as imagens que percorriam a sua mente: homens fazendo tráfico de órgãos! Que horror!! Meu Deus! Não, não, não, mas é claro que não, pare Yvee! Vai ver que o Eddy só se perdeu e está esperando por alguém, que por sinal, já devem estar vindo, pois já passou quase uma hora... É isso, eles já devem estar voltando e tudo vai se resolver... Fique calma – dizia para si.

Ela tentava se controlar, sempre fazia isso, e às vezes dava certo. Conversava consigo mesma para acalmar os nervos.

Quase uma hora havia se passado desde a ida dos dois à floresta, e o pessoal do acampamento estava numa expectativa sufocante.

Todos imaginavam três rapazes voltando: Eddy, Sawyer e Gary, mas, infelizmente nenhum deles ia voltar. Se eles soubessem o risco que corriam, iriam embora sem nenhuma demora, não pensariam duas vezes. Em meio a imaginações obscuras encontrava-se também a esperança. Ainda tinham fé de que tudo ia se resolver...

A fome já dera um sinal, mas não iam comer nada, pois estavam nervosos. O céu já estava mais escuro, sem falar no frio que aumentava lentamente. Ninguém providenciara nada, não havia barracas montadas, nem sacos de dormir, e muito menos uma fogueira para se aquecerem, pois como tinham visto, ninguém trouxera lenha.

Em menos de um minuto, um explosivo desespero começa a surgir em Lindy. Parecia até que ela acabara de ter uma premonição, seus olhos estavam lacrimosos.

– Gente! Tem alguma coisa errada aqui!! – gritou ela.

Todos voltaram os olhares para uma Lindy desesperada. Que ergueu-se num pulo de repente.

– Calma Lind...

– Não Higor! Tem alguma coisa errada pessoal! Acordem! Tá acontecendo algo naquela floresta!

Todo mundo ficou congelado e intrigado com a mais nova reação dela. Até que Derik falou num tom ríspido:

– Cale a boca!

– Cale-se você, Derik! – retrucou Yvee, indo pra perto da amiga. – Não está vendo que Lindy está assustada?!

– Se ela está assustada, não precisa assustar os outros...

– Quieto Derik – disse Deegle inesperadamente.

O silêncio tomou conta do ambiente por alguns segundos, entretanto, fora interrompido por Deegle:

– Lindy tem razão! Eu não acho que está tudo bem, tá acontecendo alguma coisa com eles. É impossível não terem achado o Eddy ainda! Eu não vou ficar aqui esperando que eles venham. Podem estar todos encrencados! Os três! Derik, me diga em qual direção eu devo ir para achá-los!

Uma noite em Dead Woods (COMPLETO)Where stories live. Discover now