22 - Tratamento

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Olá minha galera!

Sei que faz tempo que não posto capítulo. Mas eu não estava conseguindo escrever mais nada. Não fluía nada. E também estava um pouco desanimada com algumas situações pessoais que infelizmente afetaram minha escrita. Agora acredito que voltaremos ao normal.

Espero contar com a compreensão de vocês.

Me perdoem por não ter avisado antes, mas eu nem entrava no aplicativo mais. Por não conseguir escrever fiquei desmotivada e até chorei.

Enfim... Vamos seguir em frente. E sexta tem outro capítulo aqui pra vocês.

Obrigada por lerem a minha história e não desistirem de mim!

Boa leitura!
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Existia vantagens e desvantagens em ser humana. Pelo menos na minha maneira de ver a vida.

Sempre mantive vivas em minha mente as desvantagens, para que nunca pudesse me arrepender das escolhas que havia feito em um passado distante, por isso era fácil listar tudo aquilo que não favorecia os humanos.

Um humano jamais poderia lutar contra o sobrenatural. Não corre rápido o suficiente, não é forte fisicamente, pode morrer a qualquer momento, seus sentidos são fracos e indefinidos. Suas vidas são como o vapor que saí de uma chaleira com algum líquido que esteja fervendo. Não dura muito, não é resistente, acaba em poucos segundos.

Mas havia as vantagens.

Eles eram livres. Ou talvez ignorantes em relação ao seu mundo real. De certa forma poderia chamar isso de liberdade... Não poderia?

Humanos poderiam curtir um momento simples em uma praia com o sol e o seu calor. Em uma reunião de amigos, não teria problema algum se um deles se machucasse e saísse sangue do corte... Afinal, era apenas um corte. Eles podiam comer e desfrutar de tudo o que o sentido do paladar pode proporcionar a eles. E principalmente: eles poderiam escolher quem iriam amar.

Por que se eu fosse humana, Sam não teria vindo até aqui e dito as coisas horríveis que me disse. Se eu fosse humana, meus sentimentos não seriam repulsivos à outras pessoas. Se eu fosse humana, seria livre dessa classificação monstruosa que corrói minha cabeça: 'inimigos mortais'. Se eu fosse humana, estaria morta. E talvez fosse a melhor opção para mim.

Entretanto, há anos eu não me sentia tão humana como agora. Enquanto meus olhos se abriam, me trazendo de volta da inconsciência para a realidade, a sensação de sentir o meu corpo novamente, os sentidos retornavam potentes como na primeira vez que acordei para essa nova vida.

Estava acordada mais uma vez.

Primeiro precisei me situar. Olhei para o teto branco e em seguida ao redor. Me encontrava no consultório de Carlisle que ficava em uma sala dentro de seu escritório, era uma espécie de sala hospitalar. Estava deitada em uma maca, por isso tive cuidado para descer e firmar meus pés no chão. Nesse instante, Jasper passou pela porta e veio até mim para me amparar.

-Estou bem, Jazz. - murmurei. Esperava que minha voz estivesse um pouco rouca, mas pelo visto a recuperação fora completa.

-A dor de cabeça? - ele se afastou minimamente, uma expressão preocupada no rosto.

-Passou. - sorri para tranquilizá-lo. Ter a consciência de que algo ruim ocorreu a mim, era estranho. Não parecia ser real. - O que houve comigo? - era uma pergunta que me assustava em escalas inimagináveis. - Ouvi quando disse que já tinha visto isso antes... O que está acontecendo?

Impasse - Livro IV (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora