31. Kelly

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Aviso:

O capitulo abaixo contem vários flashbacks e para tal eles estão divididos por (****) um no inicio e outro no final.

Boas leituras.

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XXXX – Hoje despedimo-nos de uma irmã nossa muito amada por todos nós.

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XXXX – Prazer! Kelly Severide Raymund!

Bia – Beatrice Potter, prazer!

Kelly – Nova por aqui?

Bia – Um pouco!

Kelly – Não precisas de ser tímida, aqui todos são boas pessoas, podes contar comigo para tudo o que precisares!

Bia – Obrigado!

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Nós estávamos todos no cemitério ouvindo o padre.

Padre – Ela foi amada por todos nós, e irá sempre ser recordada como uma filha exemplar, uma amiga fiel, uma namorada carinhosa.

XXXX 2 – Filha exemplar, hein?

A Jéssica colocou-se ao meu lado e tentou disfarçar a sua dor com a ironia. Eu limitei-me a ignorar.

Passaram-se apenas 4 dias desde que a Kelly foi assassinada. Os pais dela fizeram de tudo para despacharem as democracias para que pudessem logo enterrar o corpo da Kelly.

O seu rosto doce, macio, com uns grandes olhos azuis, os seus cabelos castanhos quase louros, as suas covinhas de quando se ria, tudo isso desapareceu quando a bloco de cimento lhe caiu em cima e destruiu tudo o que lhe era mais belo.

Padre – Agora os pais da Kelly querem dizer algumas palavras antes de nos despedirmos.

A mãe da Kelly, nestes últimos 4 dias, tem se alimentado de medicamentos e álcool. Ambos estão em trapos, acabados. Ao mesmo tempo que eu sinto pena, sinto também ódio, nada disto teria que ser assim se eles não tivessem sido péssimos pais que tentaram matar uma das suas filhas, só por ser uma criança um pouco rebelde.

Litta – Hoje nós iremos nos despedir da Kelly... A Kelly sempre foi uma menina muito doce... a minha menina doce...

Ela chora enquanto tenta dizer alguma coisa sobre a Kelly.

Litta – Ela sempre foi a melhor da escola, nunca quis inimigos, sempre tentou ajudar todos, qualquer coisa a Kelly estava lá.

Isso era verdade.

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Eu e a Kelly estávamos a caminhar pelos corredores da Rusten, indo para uma aula quando a Liana Black, uma aluna do mesmo ano que nós, passa por nós a chorar. Eu e a Kelly olhamos uma para a outra e fomos atrás dela.

Kelly – Li! Li! O que se passou?

Nós paramo-la para podermos conversar.

Lia – Foi... foi...

Kelly – O que é que foi?

Lia – Foi a Alisson!

Nós olhamos uma para a outra.

Lia – E o Louis!

Bia – O que eles te fizeram?

Lia – Eles... eles...

Manual de Sobrevivência à Adolescência - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora