52. Última Ceia

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Bia – Lamento muito Alisson eu não queria que isto tivesse acontecido.

Ali – Tu deste-me um susto enorme.

Dylan – Mas pelo menos o Stefan está bem.

Desamarramos todos e abrimos o resto da porta para o meu pai e a Justina passarem.

Beni – Ok! Eu tenho que perguntar. O que vocês os dois fazem aqui?

O meu pai e a Justina olharam um para o outro e encolheram os ombros.

Bia – A Karol trouxe-os.

Beni – Porquê?

Dylan – Para nos colocar a jogar.

Will – Jogar?

Andrew – Nós achamos estranho quando não te vimos na sala.

Bia – O homem de preto levou-me para uma sala onde...

Custava-me dizer o nome dele e dizer o que eu havia feito com ele.

Justina – Olá a todos, eu sou a Justina, mãe do Adam.

Olharam todos para ela.

Betty – O Adam estava aqui?

Bia – Era ele que estava a fazer o jogo. Eu tinha três botões e tinha que escolher qual deles os três, comia, bebia, sofria, etc.

Juliana – Que horror! Porque o Adam havia de fazer isso? Ele parecia gostar de ti.

Bia – E gostava, mas... longa história.

Dylan – O que interessa é que saímos de lá todos vivos e que estamos aqui todos juntos.

Não era bem assim porque embora tenhamos saído de lá todos o Adam teve de morrer para eu conseguir libertar eles os três.

Bia – Ok! É necessário que sejamos todos completamente sinceros e honestos, porque não sabemos que virá a seguir e é necessário que independente de tudo que nos apoiemos.

Olhei para a Juliana e para o Ruy que continuavam sem se falar.

Andrew – Então que aconteceu com o Adam? Porque ele não está aqui com vocês?

Daniel – Ele estava com a Karol?

Bia – Ouve uma luta e uma arma, e uma bala saiu em falso e acertou com peito do Adam.

Martin – Quem é que estava a lutar com ele?

Bia – Eu!

Fez-se silêncio, e esse silêncio apenas me fez sentir ainda mais culpa, primeiro a Megan, que de certa forma participei na sua morte, depois o Carter e agora o Adam, mesmo que saíssemos daqui vivos, eu não sabia se teria coragem de voltar à minha vida antiga e retomar tudo sem sentir ou ver tudo o que fiz em 10 meses.

Dylan – Nós vimos tudo e foi em legitima defesa.

Justina – Beatrice, querida, não quero que sintas que erraste em algum momento, o que o Adam fez não foi certo e o que tu fizeste foi apenas te defenderes, não quero que vivas com esse tormento.

Mariah – Mas era o seu filho.

Justina – E estou a sofrer com a sua morte, mas o que ele estava a fazer não era correto e a Beatrice apenas se defendeu para nos poder salvar.

Manual de Sobrevivência à Adolescência - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora