No dia seguinte levantei-me cedo e arranjei-me. Era feriado, não me perguntem do quê, apenas sei que não ia ter aulas. Desci e tentei fazer o maior silêncio para sair de casa. Peguei nas chaves do meu carro e liguei-o.
Eu tinha um carro, mas tinha preguiça de o usar, mas hoje ele até ia dar jeito. Liguei-o e fui diretamente para casa da Benedita. Sai e bati à porta, a mãe dela recebeu-me com um enorme sorriso.
Susana (Mra. Sousa) – Beatrice! Olá minha querida! Há tanto tempo que já não te via.
Abracei-a.
Bia – É verdade! Como tem estado? Em relação a tudo?
Susana (Mra. Sousa) – Tento me aguentar, por ela.
Sorri, e ela sorriu de volta, um sorriso de compreensão.
Susana (Mra. Sousa) – Mas entra! Anda comer o pequeno almoço connosco.
Segui-a até à cozinha, e parecia que iam comer 10 pessoas o pequeno-almoço com a quantidade de comida que estava colocada em cima da mesa.
A Benedita já estava sentada a comer.
Bia – Bom dia!
Ela estava tão concentrada que nem deu por mim a entrar.
Beni – Oi! Bom dia! O que fazes aqui?
Ela falou com a boca cheia.
Susana (Mra. Sousa) – Eu hoje não te posso acompanhar à quimioterapia, então a Beatrice irá contigo.
Beni – Contrariada?
Susana (Mra. Sousa) – Benedita!
Repreendeu-a.
Bia – Sempre!
Falei enquanto me sentada ao seu lado. A mãe dela rapidamente percebeu que aquilo era habitual entre nós as duas.
Parecia a primeira vez que eu conheci a Benedita, eu estava contrariada e ela também de certa forma. Agora eu agradeço por ter sido eu a escolhida para lhe mostrar a escola.
Susana (Mra. Sousa) – Depois da quimioterapia, vens para casa e descansas, não te quero a fazer esforços.
Beni – Descansar?! Eu vou ter muito tempo para descansar quando morrer.
Bia / Susana (Mra. Sousa) – Benedita!
Repreendemo-la ao mesmo tempo.
Ela limitou-se a sorrir enquanto comida, ela adorava vernos a repreende-la.
Acabamos de comer e ajudamos a mãe da Benedita a lavar a loiça e a arrumar a cozinha. Depois pegamos nas nossas coisas e saímos diretas ao Hospital.
A viagem foi feita toda em silêncio, acho que não havia realmente algo para conversar. Nós estávamos a ir para a quimioterapia da Benedita, que agora pertencia à pior parte da vida dela, não havia nada que eu dissesse que a fosse fazer se sentir melhor.
Chegamos e entramos no Hospital e fomos rapidamente direcionadas para uma sala onde haviam mais pessoas a fazer quimioterapia, algumas com lenços a tapar a cabeça agora nua, outras a tentarem esconder os pedaços de cabelo que começavam a faltar.
A Benedita sentou-se numa cadeira que dava para inclinar para trás e um enfermeiro veio inserir a agulha e o liquido transparente que entrava pelas veias dela.
Bia – Dói?
Beni – Não! Ainda não deu tempo para doer. Talvez queiras ir lá para fora esperar por mim, isto agora começa a ficar critico.
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Manual de Sobrevivência à Adolescência - Completo
Teen Fiction"Dizem que a adolescência é uma das partes mais bonitas das nossas vidas... esqueçam tudo isso pois para mim está sendo uma verdadeira porcaria... ou estava até que uma alminha se lembra de mudar de escola e consequentemente me conheceu. Chamo-me Be...