Capítulo 24 Chegada inevitável.

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Ao chegarmos aos portões, notei que havia muitos guardas, provavelmente à nossa espera. Antonie me acompanhou até a entrada do palácio, ainda a cavalo, para que eu não precisasse caminhar demais. Já dentro do palácio, mais precisamente na entrada da frente, pude sentir o cheiro maravilhoso das orquídeas que a rainha cultivava em seu jardim que circundava o hall de entrada. Tudo parecia diferente e, ao mesmo tempo, nada havia mudado. Os criados continuavam correndo loucamente para cima e para baixo com seus afazeres e a guarda havia sido reforçada. Existiam muitos soldados dos quais eu não conhecia o rosto e ainda havia muito daquele dourado cansativo entalhado em todo o palácio.

Imediatamente, uma criada se aproximou e ofereceu ajuda, guiando-me até a enfermaria onde, obviamente, eu não queria estar. Ao chegarmos à enfermaria, o soldado tomou todos os cuidados necessários ao explicar ao corpo médico do palácio a extensão das fraturas, incluindo o fato de que eu não havia contado como as adquiri.

– Até mais tarde, senhorita Laura. Espero que possa vê-la em breve. – Antonie levou uma de minhas mãos até seus lábios e a adornou com um leve beijo e, então, retirou-se.

Fui sedada, sinceramente não sei bem o que aconteceu. Algumas horas depois, acordei com dor de cabeça e bastante enjoada. Não havia muito branco no quarto, exceto pelos lençóis que praticamente reluziam. As camas eram dispostas enfileiradas, as enormes janelas deixavam o sol entrar e iluminar o ambiente e as paredes consistiam em um marrom-escuro adornado com dourado. Ao meu lado, havia uma pequena mesa onde estavam alguns analgésicos, uma garrafa com um líquido estranhamente verde-musgo e uma bandeja com uma sopa que tinha uma cara horrível. Não havia mais ninguém, eu estava sozinha ali.

Levantei com cuidado da maca, respirando profundamente. Finalmente, podia sentir o ar entrar nos meus pulmões. Caminhei em direção à saída quando percebi que estava vestindo um avental horroroso que ainda deixava a parte de trás do meu corpo inteiro à mostra.

Passei pelos corredores sem me importar muito com o maravilhoso traje oferecido pela enfermaria do palácio, quando vi Luke Evans passar com outros dois guardas desconhecidos. Instintivamente, escorreguei meu corpo magro para trás de uma pilastra e esperei que passassem.

– Se escondendo, senhorita? – Uma voz doce e forte me questionava enquanto eu, assustada, virava o rosto depressa em sua direção. Era uma senhorita que usava um vestido amarelo claro na altura dos joelhos, muito delicado e simples, era negra e realmente muito bonita. Seus cabelos cacheados estavam presos com grampos florais.

– Eu estava, senhora. – sorri a ela de forma doce.

– Seu quarto está preparado, senhorita Laura. A família real a aguarda. Sou Ivy Kel, muito prazer.


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Laura Sophia Heyes (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora