Capítulo 13 - Batalha na arena - parte 3

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- Não acredito que vocês vão participar! – Pedro quase saltava de alegria

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- Não acredito que vocês vão participar! – Pedro quase saltava de alegria.

- Eu também não acredito! – Falou Emma indignada.

- Não foi minha culpa! Ele nem me deu chance de recusar....

- E...e....eu t...também não pude...

- Calma Keyla. Não precisa ficar nervosa ninguém vai morrer nessa disputa! – Falou Pedro normalmente.

- Morrer?? – Martin se espantou com o que o amigo falou – Como assim? Alguém pode me explicar?

- Eu explico – Se prontificou Pedro - Mas vamos indo para academia, se vocês vão participar têm que se preparar logo!

Pedro puxou Martin pelo braço esquecendo as meninas para trás.

Eles entraram no meio da multidão e foram sendo levados por ela enquanto Pedro gritava a Martin explicando a mecânica do jogo.

- É bem simples, o time só tem que levar uma bola até o final do campo inimigo como no futebol americano. O problema é que o adversário pode fazer qualquer coisa para impedir, pode atacar com qualquer tipo de magia desde que não use armas físicas e também é proibido matar propositalmente qualquer um do outro time.

- O que? Matar?

- Calma! Ninguém morre nesses jogos a muitos séculos!

Aquilo não tranquilizara Martin. Ele achava que não era muito bom com magia e muito menos com esportes. Quando chegaram próximos às escadarias Pedro sacou seu celular e Martin o imitou. No segundo seguinte eles haviam desaparecido dali.

Os dois reapareceram no salão principal, Martin ainda sentiu tontura, mas Pedro logo o puxou não deixando que o mal-estar tomasse conta de seu corpo novamente. A academia parecia estar mais cheia de gente do que normalmente. Eles tiveram dificuldade de passar entre os amontoados de pessoas que encontraram no meio do caminho, mas conseguiram alcançar o quarto onde Martin se trocou colocando seu quimono de treinamento.

- Tem mais uma última coisa – Falou Pedro quando eles estavam saindo do castelo e indo para a arena - Acho que a mais complicada de todas. A bola tem vontade própria.

- Como assim? – Perguntou Martin confuso.

- Ela é encantada com uma magia bruxa e pode se tele transportar para onde quiser. Num minuto você está com ela nas mãos, no outro ela não vai estar mais.

A essa altura, eles já estavam na entrada da arena. As arquibancadas estavam lotadas, até os três guardiões já estavam ali presentes em um lugar privilegiado que dava para ver toda a arena.

Keyla e Emma chegaram um pouco depois ofegantes.

- Nem para esperar a gente!! – Reclamou Emma a Pedro.

- Desculpa! Me esqueci completamente! Estava empolgado para explicar para o Martin...

- Ah está bem! – Interrompeu Emma nervosa - Vamos! Se não, não vai sobrar lugar para sentarmos.

- Ah! Quem está ansiosa para ver o jogo idiota agora? – Provocou Pedro.

- Ah cala a boca!

Pedro deu uma risada de satisfação.

- A gente vai estar torcendo por vocês!

Os dois subiram as escadas que davam para as arquibancadas deixando Martin e Keyla sozinhos. Martin percebeu que a amiga estava pálida e tremia um pouco.

- Você está bem?

- T...ta...ta tudo bem....

Berto chegou com o resto do time, os mesmos que estavam na guilda quando Martin fora se apresentar.

- Estão prontos??

- Acho que a Keyla....

- Estamos! – Interrompeu Keyla. Martin abriu a boca para falar, mas Keyla acenou com a cabeça para ele não dizer nada.

- Ótimo! – Berto não percebeu a troca de olhares dos dois - Keyla você será nosso suporte junto com o Louis e o Gale, Martin você vai ser nosso corredor central, Leia e Jung serão os corredores laterais. Eu vou ficar de volante. Já te explicaram as regras?

- Sim, na verdade elas são bem simples – Respondeu Martin.

- Ok, vamos...aquela pena de fênix vai ser nossa!

Antes que se movessem para dentro da arena, o outro time chegou e se posicionou ao lado deles. Martin não reconheceu a maioria deles, mas um em especial ele conhecia muito bem. Alex parou ao lado de Martin o encarando.

- Dessa vez eu te pego – Disse com os dentes cerrados.

- Vamos Martin! – Chamou Berto antes que ele pudesse responder a Alex.

As duas guildas já estavam entrando na arena. Ele e Alex se encararam e se separaram. A arena toda entrou em êxtase quando os dois times entraram. Mizu-daime tinha descido da arquibancada e estava no centro da arena onde os dois times pararam. O guardião chamou os dois capitães para mais próximo dele.

- Muito bem, eu serei o juiz, estou tão empolgado quanto vocês com esta disputa. Afinal a última que presenciamos já foi a mais de um século! Mas não quero gracinhas! Se fizerem qualquer tentativa de ferir o oponente seriamente serão desqualificados! Não vou permitir que ninguém morra neste jogo me entenderam?

Os dois concordaram com um aperto de mão e os times montaram suas barreiras de cada lado da arena, Martin e Alex foram deixados no centro para disputar a primeira bola. Martin estava tremendo dos pés à cabeça, não queria morrer ali, mas agora não havia mais volta. Mizu-daime apitou e jogou a bola para o alto. Alex se impulsionou para cima com uma montanha de areia que cegou Martin. Mas ele não conseguira pegar a bola. Ela já havia desaparecido e reaparecido com um estalo na lateral da arena onde Jung a pegou e começou a correr para o campo inimigo. Mas a investida deu errado e ele foi atingido por uma bola de areia lançado pelo jogador mais alto do time oponente.

Martin então entendeu como funcionava a defesa dos times. Aquilo era realmente um campo de batalha. Todos, até mesmo os corredores usavam seus poderes para atingir o outro time. Martin teve que se desviar várias vezes de flechas de areia ou montes dela que surgiam do nada em cima dele, além de poças de areia movediça e lama. Ele conseguira pegar a bola algumas vezes, mas ela sumira de suas mãos quando estava próximo do final do campo inimigo. Ele percebeu então porque o jogo era tão complicado.

Já deviam ter se passado pelo menos 2 horas desde que o jogo começara. Alguns membros já estavam quase exaustos. A visibilidade também era péssima, uma mistura de pó e fumaça pairava no ar dificultando também a respiração.

Foi quando Martin viu a bola surgir na sua frente. Ele a agarrou, não conseguia enxergar ninguém próximo então saiu correndo na direção do campo inimigo. Não sabia nem a que distancia estava do final mas correu com toda a força que lhe restava. Então sentiu algo vindo atrás que emitia um calor muito forte. Não parecia ser uma pessoa, mas não quis nem olhar, apenas focou no seu objetivo. Foi quando sentiu todo seu corpo queimando e uma luz azul o envolvendo. Foi a última coisa que viu.

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Mais um capítulo finalizado! Falta pouco para o final da primeira parte dessa história!

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O Guardião e a sociedade secreta - Livro 1 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora