Você gostaria de possuir magia? E se o método para obtê-la fosse obscura e perigosa e afetasse inúmeras gerações?
Martin, um jovem que achava que era tão normal quanto seus colegas de escola, terá que corrigir o terrível erro de uma sociedade enquan...
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- Sim já sonhei – Respondeu o semi-bruxo, inesperadamente sorrindo – Mas isso já fazem alguns séculos. Mas se quer um conselho – Ele se aproximou do garoto e falou em voz baixa - não se aproxime daquela porta nem aceite as ofertas desse monstro.
A resposta não foi uma surpresa para Martin. Ela só confirmava o que Keyla havia dito. Os guardiões realmente sabiam o que aquela voz significava e que ele era realmente um deles.
Percebendo que as perguntas haviam se esgotado, Rai-daime se levantou.
- Se isso é tudo que você queria saber nesse momento. Eu peço sua licença, ainda tenho de tratar de alguns assuntos - e depois de uma pequena reverencia, começou a caminhar em direção à porta da enfermaria, mas parou no meio do caminho e se voltou mais uma vez a Martin com um sorriso ainda mais largo no rosto.
- Ah, só mais uma coisa. Tudo o que eu te contei aqui não deve sair destas paredes, então, naturalmente, Pedro-kun e Emma-chan serão os únicos que você contará isso. – Ele deu uma piscada de olho a Martin - E, Martin-kun..... sugiro que volte para casa neste feriado de natal. Desfrute da companhia de sua família e recupere suas forças. E quando voltar me procure. Irei te dar aulas particulares para que você possa utilizar corretamente seus poderes de guardião.
Dessa vez Martin saiu rápido da enfermaria, em dois dias ele já estava inteiro outra vez. Felizmente ele não saíra muito ferido da luta com Keyla, apenas fraco por ter usado muito maná. Ao sair de lá, Emma e Pedro estavam na porta esperando por ele. Filo não havia deixado visitas entrarem depois de Rai-daime e exigiu que Martin descansasse o máximo que pudesse, então essa era a primeira vez que eles se encontravam depois do teste.
- Como você está? – Perguntou Pedro.
- Agora estou bem.
Emma estava com os olhos cheios de lagrimas.
- Desculpa Martin. Por não ter percebido antes eu...
- Está tudo bem! Ninguém desconfiou de nada, a não ser o Killua. Mas ele é profissional nisso então....
Emma começara a chorar. Martin abraçou ela e Pedro e os três ficaram assim por um tempo.
De volta ao salão central Martin contou tudo o que Rai-daime disse a ele na enfermaria. Ao final os dois amigos olhavam ele perplexos e boquiabertos. Emma foi a primeira a recobrar os pensamentos.
- Isso quer dizer que você é mesmo o guardião ....mas...como pode....
- Nem Rai-daime deve saber como... meu avô deve ter descoberto, durante suas viagens, um modo de passar esse poder a quem ele quisesse.
- E...essa voz que você escuta...é do tipo eu vou te matar – Pedro fez uma voz de terror - ou do tipo quero ser seu amigo? - Essa última ele fez uma voz fofinha.
- Do tipo vou te matar, com certeza - Martin respondeu rindo.
- Martin, não tente entrar em contato com essa voz de novo – Aconselhou Emma - Pelo menos até Rai-daime te explicar o que ela é.
