[11]. Campo-minado.

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A ferida que a partida de alguém pode causar no seu coração às vezes chega a ser assustadora, Jeongguk não estava acostumado em praticamente se obrigar a levantar da cama e viver a sua vida que por tanto tempo sonhou

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A ferida que a partida de alguém pode causar no seu coração às vezes chega a ser assustadora, Jeongguk não estava acostumado em praticamente se obrigar a levantar da cama e viver a sua vida que por tanto tempo sonhou. Mas era óbvio que não estava vivendo um romance que após um término, um dos personagens se afundava dentro de casa e em copos de bebida alcoólica, Jeongguk era apenas um homem comum, feito de carne e osso. Seguia com a vida normalmente, cumpria sua carga horária no trabalho tatuando as pessoas, assistia suas séries e passava o tempo livre com Jimin ou Seokjin.

Jimin já não tocava no assunto do traficante mas o moreno já havia escutado algumas conversas entre seus dois amigos sobre a situação que havia ocorrido ali dentro do estúdio algumas semanas atrás. E Seokjin continuava desprezando V.

Ao contrário do seu amigo, Jeongguk não sentia rancor do acastanhado por não ter aparecido mais no seu estúdio para "terminar a conversa", apenas tinha saudade de tê-lo, mesmo que algo entre eles tenha acontecido pouquíssimas vezes, por algum motivo aquele traficante não saia de sua cabeça.

Seu apartamento era silencioso como sempre na parte da noite, a televisão estava ligada porque dessa forma o moreno se sentia menos sozinho enquanto esperava a água do seu macarrão instantâneo ferver, não era a coisa mais saudável do mundo mas pelo menos tinha um sabor delicioso. Às vezes tinha vontade de visitar sua mãe, quem sabe ela também tivesse experiência com romances fracassados e poderia lhe dar um conselho bom ao invés de um "eu te avisei que ele não era boa coisa" como o seu hyung disse milhares de vezes durante a semana.

Ainda por cima de todos os avisos e desconfianças em questão daquele traficante, Jeongguk se pegava pensando se ele era realmente alguém tão ruim assim; queria ao menos ter uma noção do que ele fazia quando estava fora e acima de tudo, queria ter laços confiantes com ele. O moreno não confiava nele e tinha certeza que V também não confiava em si. O fato de seu nome ainda ser um mistério, comprova tudo.

E quando a água começou a ferver o tatuador desligou-se de seus devaneios para prestar atenção no som que tomou os cômodos do seu apartamento logo em seguida, tinha certeza que seu interfone estava tocando mas com certeza não estava esperando visita. Seria alguma encomenda atrasada do AliExpress?

Olhou no relógio da parede que marcava exatamente sete horas da noite, o correio não trabalhava naquele horário e não teve a mínima ideia de quem poderia ser. Atendeu o interfone e logo ouviu a voz calma do porteiro:

— Boa noite, senhor Jeon. Está esperando visita?

— Não, não estou. — coçou a própria nuca desconfiando até mesmo de sua memória, seus amigos não iriam aparecer justo em uma quarta-feira, certo? — Quem é?

— Tem um policial querendo subir. Jung Hoseok.

Jeongguk não soube o que responder de início, não via o seu amigo policial há séculos e sua visita repentina lhe assustou primeiramente. Será que ele sabia sobre... sua relação com V? Só de pensar em ser interrogado por um oficial sobre V, seu corpo estremecia.

Tattoos | kth+jjkWhere stories live. Discover now