Não há nada que Jeon Jeongguk mais odeie do que aquilo que não pode ter. Jamais imaginaria que depois de uma noite seus valores seriam jogados à prova por um homem misterioso, coberto por um sorriso cínico e uma pose superior à si.
E assim, o camin...
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O luto é possivelmente o sentimento mais marcante que alguém pode sentir durante toda a sua vida. Algo que vai além de nossa compreensão humana e apenas o tempo é capaz de curar. Na realidade, Taehyung sempre usava este fator para tranquilizar a sua alma tão exausta e ferida.
Quando era apenas um garoto perdeu a sua melhor amiga acerca do caminho que havia escolhido seguir, botando um prazo de validade não só em sua vida mas como em basicamente todas as suas relações. O preço que pagava por ser um criminoso era indescritível; a vida de Jieun, por exemplo. Talvez se não fosse tão imprudente em sua adolescência, ela ainda estaria ali consigo. Na faculdade, talvez? Tinham planos de estudar na mesma universidade e pelos cálculos de sua amada amiga, na primavera poderiam comemorar não só o ingresso na faculdade, mas sim o aniversário de Jieun.
Ah, sim... é claro que ela havia nascido na primavera. Preciosa como a última flor a desabrochar na estação mais bela de todo o ano.
O Kim costumava a pensar nela quando estava sozinho consigo mesmo, podendo ouvir apenas a sua respiração pesada e aos poucos, prejudicada pelo uso excessivo da nicotina. Sempre se culpava por cada cigarro que ascendia, porém não faria nada para mudar aquele hábito seu como o belo irresponsável que sempre fora.
Desde o momento que se deu conta que jamais veria o rosto de sua amiga por sua exclusiva culpa, aceitou o fato que sua consciência jamais teria descanso. Não que Taehyung pensasse que merecia um pouco de paz, se alguma força divina realmente existisse, reconhecia a grande punição que era continuar simplesmente respirando.
Tentava se satisfazer com a fortuna descomunal, algumas jóias, roupas de marcas, viagens e qualquer conforto que a luxúria oferecia. Sentia-se um tolo por não desfrutar daquilo devidamente e pior de tudo, apenas desejar uma vida normal. Um trabalho honesto. Estabilidade. Mas Taehyung ignorava qualquer vontade idiota e seguia enfiado no tráfico, podia dizer que era uma das peças mais essenciais para o contrabando correr solto pelo país e não era atoa que a polícia praticamente se arrastava atrás dos passos do criminoso, sedentos por um mínimo grão de poeira que remetesse a V, a grande incógnita para as autoridades.
Min Yoongi era o seu braço direito e quase como um irmão mais velho. Se não lhe falhava a memória, o conheceu no início do ensino médio e tomaram proximidade quando o Kim passava todas as respostas nos testes de química. Yoongi costumava dizer que Taehyung era um prodígio naquela matéria de merda levando em consideração o conteúdo raso do primeiro ano e todo o conhecimento vasto dele pelas substâncias e suas reações.
Com contatos certos e um ambiente de laboratório adequado, não era tão complicado desenvolver derivados das anfetaminas, substâncias sintéticas que estimulam o sistema nervoso. Ectasy era uma das mais recorrentes entre os clientes de Yoongi, sendo um meio termo entre os efeitos da cocaína e do LSD devido a uma molécula semelhante a um alucinógeno e grande parte dos lucros ficavam com Taehyung, um garoto que havia prestes a completar 16 anos era como um pequeno gênio da química, usufruindo dos seus próprios talentos para um propósito muito maior que si mesmo e cercado de riscos inimagináveis.