Catorze.

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Domingo.


POV A.P.

-Não tem sentido algum o que está fazendo.

-Você já disse isso – Marjorie diz revirando os olhos enquanto espera para tirar raio x.

-Deixe-me cuidar disso.

-Não Adam, fique fora – bufa.

-Por que você está com medo dela?

-Você está mesmo me perguntando isso? Ela acabou de me empurrar de uma escada, acho que tenho motivos para querê-la bem longe de mim!

-Não foi o que quis dizer. Entendo que tenha medo de que abrir um boletim contra ela só a enfureça mais, entretanto o que te garante que deixar isso de lado não vai dar mais combustível para que ela aja de formas piores? Já reforcei sua segurança, ela não está autorizada a entrar nem em nossa casa nem em nenhuma sede da empresa...

-Se eu deixar você cuidar disso você não toca mais no assunto?!

-Sim.

-Ótimo, agora vá buscar a Megan, está quase na hora de amamentar.

-Mike e Amber já estão a caminho.

-Sra.Cameron – um enfermeiro a chama.

Me levanto e empurro sua cadeira de rodas para dentro da sala.

-O senhor já pode se retirar.

Saio da sala e imediatamente tateio os bolsos a procura do celular, envio uma mensagem a meu pai pedindo as filmagens do corredor no horário em que Marjorie caiu. Aciono meu advogado sobre o caso. 

Meredith mal perde por esperar, ninguém mexe com a minha família.

-Adam, preciso ir à sala 7, para que o médico faça a leitura.

-Vamos.

Empurro a cadeira em direção a tal sala, a porta já está aberta e o médico nos aguarda com o envelope do raio x em mãos.

-Boa tarde senhores.

-Boa tarde.

-Bom mocinha, as demais regiões do corpo estão doloridas pela pancada, mas não possuem nada sério – escuto Marjorie suspirar aliviada – Pelo que vejo aqui seu tornozelo possui uma lesão, não é tão grave, não houve fratura, entretanto, houve torção, por isso está tão inchado. Passe na enfermaria para...

O médico continua a dar orientações, não me atento. 

Diferente de antigamente, agora Marjorie ouve todas as orientações médicas e ainda faz anotações, desde suas primeiras consultas da gestação têm feito isso.


-O que iremos fazer na enfermaria? – pergunto, empurrando a a cadeira para fora.

-Precisa colocar tala em meu pé, para imobilizá-lo.

Imagino o quanto isso possa ser divertido. Marjorie é bem sensível a dor. 

Isso me traz lembranças do seu parto.

-O que foi?! – ela questiona. 

-Como assim?

-Você está rindo e fica olhando para mim! Então me diz, o que foi?

-Nada – desconverso, Marjorie me encara – Você vai dar muito trabalho para colocar a tala? – pergunto por fim.

-Eu?! Você só pode estar brincando! Já sou uma adulta Adam, não dou trabalho! 

Do terno à mamadeiraWhere stories live. Discover now