Trinta e três.

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Sexta-feira.


POV A.P.

P

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-Desculpe, te conheço? Você sabe onde está minha namorada?

O que faço em um hospital? 

Será que existe uma explicação lógica para isso? 

-Vida, estou aqui! Eu sou a sua namorada! – a mulher diz com convicção. 

-Não – rio – Meredith é.

A mulher a minha frente se inclina e acende o abajur.

-Adam! – chama, desesperada – Você precisa olhar para mim, por favor! – diz colocando minha mão em seu rosto – Sou eu, Marjorie! Somos uma equipe, lembra? – nego.

Suas lágrimas molham meus dedos.

Isso é estranho.

-Nós estamos juntos, nós temos uma história! Temos uma filha! – diz com expectativa buscando algo em meu olhar.

Sua história é absurda.

-Você deve estar confusa – amenizo.

Não a chamarei de louca, embora seja o que penso.

-Não estou, eu te amo, você me ama! Precisa se lembrar! – pede aproximando nossos rostos, me beijando.

-O que pensa que está fazendo? – a afasto – Vou chamar os seguranças... logo minha mulher deve aparecer, então vá!

Se Meredith ver isso ficará furiosa.

Deveriam ter mais segurança neste local, pelo visto qualquer um entra.

-Sua mulher? – ela ri, um riso triste, sofrido – Adam, Meredith não é sua mulher, ela tentou nos separar, me matar! Eu sou a sua mulher! Ela é apenas uma vadia que deveria estar morta! – brada furiosa.

Olho para o lado, encima da maca possui um botão para chamar os enfermeiros, aperto.

-Você tem muita coragem de vir ameaçar minha namorada na minha frente, me diz qual é a do seu teatrinho? Você que me trouxe aqui? O que quer, dinheiro?! – rio sem humor.

Interesseiras estão por todos os lugares.

-Não faz isso com nós – pede, forçando minha mão em um carinho contra seu rosto, afasto.

-Não existe um "nós"! Ordeno que se retire.

-Sra.Parker? – a enfermeira chama a mulher ao meu lado ao entrar no quarto junto a uma equipe – Chamou?

Como assim Sra.Parker?

A mulher cede espaço para a equipe e se afasta, desnorteada, banhada em lágrimas.

Do terno à mamadeiraWhere stories live. Discover now