Vinte e quatro.

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Sábado.


POV A.P.

"A conversa será em meu escritório, 11h35", respondo á Meredith.

-Filho? – meu pai atende após alguns toques.

-Bom dia pai, está tudo bem?

-Fora a habitual euforia da sua mãe pela festa da nossa pequena, sim – solta uma risada.

-Posso imaginar.

-Como vocês estão?

-Bem. Pai vou ser breve, o senhor consegue ficar com Ivy por algumas horas para mim?

-Claro, estava mesmo entediado.

-A levarei aí por volta das 10h.

-Combinado.

Desligo a ligação.

Estaciono o carro no estacionamento do prédio de Heitor, meu advogado é o melhor no que faz, não seria diferente. 

Enquanto os andares são deixados para trás pelo elevador respondo Marjorie, ela me enviou uma foto amamentando Ivy, sorrio.

-Bom dia Sr.Parker – a secretária de Heitor me cumprimenta assim que saio do elevador, nunca lembro seu nome – Dr.Heitor está a sua espera.

Caminho em direção a sua sala, seguindo sua secretária.

-O Sr.Parker está aqui – a escuto falar antes de abrir a porta e me revelar.

-Bom dia Sr.Parker – Heitor se levanta e vem me cumprimentar com um aperto de mão mediano – Aceita um café? – assinto.

-Quais são as alternativas? – pergunto ao me sentar em frente a sua mesa.

-Sendo sincero, os números não estão ao nosso favor. Se conseguirmos provar que ela não estava sob efeito dos remédios por ela alegado conseguiríamos coloca-la na prisão.

-Não quero trabalhar com incertezas, o que você pode me dar de concreto agora?

-As filmagens fornecidas pelo senhor mais o laudo médico da Sra.Cameron comprovam a atrocidade cometida, consigo para imediatamente uma Ordem de Restrição, a prima do senhor não poderá tentar contato e deverá manter distância da sua mulher.

-Ótimo, pode dar encaminhamento ao pedido, você já tem os dados necessários para isso – ele assente – Quanto ao caso envolvendo Maurício?

-Sem problemas senhor, já está solucionado. O fiz assinar um documento alegando que já arcamos com os gastos, não possuindo assim mais vínculos com ele.

Olho no relógio, embora a conversa tenha parecido rápida já se passou muito tempo.

-Qualquer adversidade me comunique, preciso ir agora – assente – Obrigado Heitor – estendo minha mão, apertando a sua.

-Eu que agradeço pela confiança do Sr. no meu trabalho.

Assinto e me retiro.

Preciso chegar logo em casa para não atrasar Marjorie e levar Ivy para o meu pai.




***




-Vou sentir sua falta – Marjorie diz com os braços envolta do meu pescoço me beijando. 

Do terno à mamadeiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora