Vinte e três.

9.7K 640 95
                                    


Sexta-feira


POV C.M.C.

-Como está querida? – minha tia pergunta assim que me solta – Sua sogra é um amor! Fico feliz que ela esteja cuidando tão bem da minha menina! – completa emocionada

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

-Como está querida? – minha tia pergunta assim que me solta – Sua sogra é um amor! Fico feliz que ela esteja cuidando tão bem da minha menina! – completa emocionada.

Seu teatrinho não me convence. Embora minha tia seja uma ótima atriz... são anos encenando. 

-Estou bem.

Bem não é a palavra. 

Sua visita me alegraria se eu soubesse que viesse por boas intenções, mas com Marion nunca é assim.

Minha tia não se importa comigo ou com qualquer baboseira relacionada a família. A única que ela quer é dinheiro, acho que nem mesmo com sua filha Rubi minha tia se importa. 

-Sua menina? – Adam questiona, indignado.

Adam conhece toda a história da minha família, o meu passado. 

-Ah, sim! Chloe é como uma filha para mim, depois que seus pais morreram a criei como tal – responde orgulhosa.

Será que ela de fato acredita nisso mesmo?!

Marion sequer se esforçava. Deixava sempre muito claro sua animosidade por mim. 

Em sua casa eu era tratada como uma empregada, e apenas isso. Não existia sentimento nenhum, nenhuma consideração.   

-Também fico feliz em conhecer algum membro da família da Chloe, saiba que sua menina é muito especial para nós, a amamos como nossa! – Susan responde, contagiada pelo falso espírito materno.

Não duvido que as duas já devem ter conversado e Marion tenha enchido ela de histórias mentirosas. 

Marion é muito manipuladora, mestre em criar cenários. Uma perfeita mentirosa. 

-Nos dê licença um minuto – Adam pede.

Me puxa para outro cômodo, o quarto do térreo. 

Ao entrarmos ele faz questão de verificar o corredor e fechar a porta.

-Droga! Dei ordens a portaria para que não autorizassem sua entrada – diz nervoso – Além de que mal passamos o endereço para ela, como está aqui? – bufa enquanto passa as mãos pelo cabelo.

-Não faço ideia – suspiro. 

As chances de Marion encontrar nossa casa sabendo apenas o nome do bairro eram bem baixas, mas ainda assim ela conseguiu, se superou. 

Uma pessoa determinada não tem limites.

-Você está bem? – pergunta segurando meu rosto, em seguida me beija, sem me dar tempo para responder – Merda, desculpa, você é muito linda! – rio.

Do terno à mamadeiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora