Capítulo 97 - Weenny: Ninguém pode Apagar a Chama Desse Amor

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Essa festa tem um tom diferente, afinal somos apenas as mulheres e os poucos homens da minha família, que acabam inibidos e restritos em um canto, exceto meu pai. Nós temos mais liberdade em nossas conversas e também nos momentos de diversão, aproveitamos para dançar os mais diferentes tipos de danças indianas, nos deliciamos com o banquete e colocamos a conversa em dia.

A festa está terminando, saio discretamente e vou para os meus aposentos preciso me preparar para a puja, tomo um banho rápido e vou para o meu quarto de vestir.

Escolho um choli azul e um sari vermelho e mais discreto, Zaara me ajuda a colocar as poucas jóias e Rani penteia meus cabelos que vão ficar soltos, Rani faz a minha maquiagem. As sudras passam mehendi vermelho em minhas mãos e pés como preparação para esse momento.

Faço questão de pegar a diya, que é a chama sagrada do meu amor com Jagal.

Fico sabendo que aos poucos meus convidados estão chegando e se acomodando no espaço reservado para eles. Dinah, esposa do Pandith, as esposas dos Brâmanes, meus pais, os padrinhos já estão me esperando e os músicos já estão posicionados.

Vamos ao jardim do meu palácio, local onde há um templo e o local onde estão as estátuas das deusas, minhas sudras carregam as bandejas com as oferendas e eu vou preparando o altar levando respeitosamente meus presentes para Durga e Parvati.

Observo meus convidados e fico satisfeita ao ver que os homens, convidados e padrinhos, também acompanharão essa puja, apenas meu Dulhan não virá, penso que ele deve estar em no Forte Agra.

É o momento ideal para iniciar a cerimônia, Dinah e as esposas dos Brâmanes, meus pais, irmão, madrinhas e padrinhos levam suas oferendas ao altar, agora tudo está pronto, podemos começar.

- Ó deusa Durga, grande mãe, prepara-me para o futuro e destino que me esperam, que eu tenha força para cumprir todas as minhas obrigações e lutar para que meu marido seja plenamente feliz e realizado. - faço esse breve puja em silêncio.

As mulheres vem à frente e juntas entoamos canções e pujas para as deusas invocando suas principais qualidades e proteção. Passamos cerca de uma hora nessas orações.

- Namo namo Durge sukha-karni... Namo namo Ambe dukha harani (Durga, repetidamente me curvo diante de ti, você proporciona felicidade a todos, ó mãe deusa, você remove todos os sofrimentos de nossas vidas.) - entoo um mantra, que é prontamente repetido por todo o povo.

- Jai Ma Durga! (viva a deusa Durga!). - a esposa do sacerdote brada em alta voz e todos nós repetimos.

Interrompemos a cerimônia por um instante para nos preparar para o encerramento, olho na direção do jardim e percebo que o tempo está fechando anunciando um temporal.

Dinah orienta a todos retornarem aos seus assentos.

As sudras se posicionam ao meu redor de tal forma que ninguém consegue ver onde estou.

- Aah main tumhen kitana yaad karata hoon. (Ah como você me faz falta.) - olho para a diya, penso em meu Jagal e sussurro.

Dinah se aproxima deste tumulto formado pelas mulheres indianas em meu palácio.

- Rajkumari kahaan hai? (Onde está a Princesa?) - ela pergunta.

- Vah vahaan khade hain jo momabattee se baat kar rahe hain. (Está ali conversando com a vela.) - Sujata, esposa de um Brâmane, diz.

Escolhas Do Coração - A DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora