Capítulo 100 - Weenny: Pujas e Janev

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Chegamos no meu palácio em pouco tempo, as sudras se apressam para preparar meu banho, mas me arrumam com certa calma, visto uma lehenga branca com bordados dourados e apenas as jóias principais, meus cabelos são presos em um coque simples, para ir a uma puja convém que sejamos mais discretas, afinal o destaque deve ser dos deuses.

Enquanto a nossa partida é preparada, confiro se todas as oferendas que mandei preparar estão prontas e acondicionadas, tudo deve estar em perfeita ordem.

Seguimos para a área externa do meu palácio, entro no palanquim e mais uma vez saímos em segurança, com algumas pessoas do povo nos seguindo, formando um cortejo até o templo.

Abro discretamente a cortina para apreciar a majestosa construção destinada aos deuses, muitas pessoas já se acumulam na entrada, desta vez não serão meus padrinhos e madrinhas que receberão os convidados, mas os servos e ajudantes dos sacerdotes no templo.

Aceito a ajuda de Salima e Nimat para sair do palanquim, olho para o lado e vejo os servos trazendo as bandejas onde estão minhas oferendas, ouço as vozes dos meus amigos logo atrás de mim, mas eles estão mais agitados do que o habitual, viro para cumprimenta-los e me deparo com o Príncipe Jagal.

Não consigo dizer nenhuma palavra, apenas admiro o homem da minha vida vestido com um kurta pajama branco e um colete azul a moda indiana, divino!

- Baby, você está bem?... Weenny?

- Eu...Eu...Sim, estou. - acordo deste enlevo.

- Ah, para com isso, fala alguma coisa. - Samara diz ao mesmo tempo que eu, se aproxima para me atingir com um tapa, o que faz uma das servas se adiantar para me proteger e o clima ficar estranho.

Faço um sinal e Rani volta para seu lugar, mas isso não impede o olhar de desprezo da Samara na direção da minha sudra.

Nos cumprimentamos e seguimos para a entrada do templo, convém que meu Jagal e eu continuemos distantes, desta maneira caminhamos pelos corredores, me distraio com a beleza da arquitetura e luxo da morada dos deuses hindus.

Nossos servos caminham logo atrás, em silêncio e mantendo a distância necessária, afinal apenas os servos pessoais podem estar próximos a realeza.

E pensar que até o começo desse mês eu era apenas uma mulher comum, felizmente daqui uns dias voltarei a ser.

Chegamos no grande salão onde os deuses são adorados, o piso é feito de mámore, os pilares são esculpidos com esmero, exibem imagens das divindades em cada um dos seus nascimentos e shatkis. Vejo ao longe as estátuas dos principais deuses, os sacerdotes se aproximam e nos saudam, nos dão permissão para preparar tudo para a puja.

Os servos põem as bandejas com as oferendas no chão, minhas servas, as madrinhas e a tradutoras se aproximam, nos ajoelhamos e começamos a enfeitar o local, uma mandala é desenhada, no centro dela são colocadas as flores, velas aromáticas, incensos, pós coloridos e tecidos.

Caminho até o altar e vejo a mesa que está preparada para receber as oferenda às deusas Lakshmi, Parvati e Gauri, trago mel, doces, frutas, flores, tecidos e jóias, faço questão de entoar uma canção enquanto arrumo todos os itens com o devido cuidado e respeito.

Termino e permaneço em pé diante do altar, o sacerdote deve ter dado alguma instrução, porque minhas madrinhas e convidadas começam a vir a frente e depositar mais oferendas.

Sei que meus pais virão a essa cerimônia e provavelmente ficarão um pouco mais distantes, já que somos nós os noivos que faremos essa puja ao lado dos sacerdotes.

Escolhas Do Coração - A DecisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora