Saudades

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Estávamos nos dois no jardim da sua casa que a sinal é bem grande, ele estava sentado ao meu lado em um banco na nossa frente tem um lindo campo de flores, eu estava segurando uma rosa vermelha que ele tinha pegado pra mim, eu estava dando o tempo pra que ele começasse a falar.
Eu havia perguntado a ele sobre a sua historia como ele foi parar no reformatório.

— Bom, eu jamais vou esquecer minha mãe ela foi a mulher mais incrível em toda minha vida, ele sempre me apoio, sempre me aconselhou, ela ia amar você. — Ao falar isso ele olhou pra mim e sorriu. — Meu pai sempre foi um homem ausente, mesmo minha mãe trabalhando ele fazia de tudo pra ta presente comigo, então só tive amor de mãe, eu ajudava ele a fazer tudo eu adora estar com ela. Quando eu me assumi eu tinha acabado de completar 17 anos, isso fez com que meu convívio com meu pai seja nulo ele parou de falar comigo e só vivia viajando, já com minha mãe tudo ficou melhor, no começo ela ficou chocada, mais depois disse que me amava independente da minha orientação sexual, 3 nesses depois minha mãe foi fazer um exame de rotina e descobri que estava com câncer, sentia que a única pessoa que realmente se importava comigo estava me deixando, passei a ir em todas as consultas com ela isso fez eu, perde o ano letivo pois muitas vezes eu dormi no hospital com ela, e tinha medo de que quando eu estivesse longe algo de ruim vinhe–se a acontecer, só que o tratamento não adiantou e ela faleceu 5 messes depois. Dois dias após o enterro dela meu pai chegou em casa dizendo que a culpa era minha, por culpa do meu pecado o castigo caiu sobre minha mãe, tivemos uma briga feia ele saiu de casa furioso no outro dia chegou uns caras lá em casa me doparam e me levaram para o reformatório, alguns messes o diretor me comunicou que ele tinha começado a se drogar e os traficantes o mataram pois ele não tinha dinheiro para pagar pois minha mãe deixou no testamento dela que toda sua herança é minha, quando eu fiquei sabendo da sua morte eu não fiquei triste pois eu nunca o caracterizei como um pai eu não tinha sentimentos por ele. Essas rosas foi minha mãe que plantou eu adora ajudar a cuidar delas, ela me disse uma vez que uma rosa nunca deve ser cortada, mais só vale apena corta se for para dar a alguem muito especial.

Pela primeira vez ele olhou pra mim, desde o memento que ele começou a contar a historia que ele olhava apenas para frente, então eu vi uma lagrima escorrer dos seus olhos abracei ele no mesmo estante, ficamos um bom tempo abraçado, olha pra minha mão e tenho uma ideia.

— Sua mãe ia adorar ver que suas rosas estão lindas.

No mesmo estante ele desfez o abraço com um sorriso no rosto.

— Você está dizendo que...

Interrompi ele. — Que nos dois deveríamos visitar o tumulo da sua mãe e levar algumas rosas.

— Te amo William. — Ele me da um beijo totalmente carinho, calmo eu senti como se nos dois estivéssemos flutuando.

                    ***

Estávamos indo em direção ao tumulo da sua mãe, o cemiterio é bem grande demoramos um pouco pra chegar ao tumulo dela. Eu estava com uma calça preta, tênis Cinca e uma camisa preta, Jadson estava com uma calça também preta, uma camisa branca, e o tênis preto, ele estava segurando alguns rosas do jardim dela e eu também, após mais alguns passos chegamos ao seu túmulo.

           Rosélia gray Manson

           15/01/1980

           01/12/2015

           Descanse em paz

         Jadson

Me agacho em frente ao túmulo da minha mãe e William fica em pé ao meu lado ele. Coloco as flores em seu tumulo, sinto uma grande vontade de chorar, mais me seguro, não gosto de demostrar fraqueza o único que me viu chorar foi William isso faz com que eu ame ele mais ainda.

o reformatório (Romance Gay)Where stories live. Discover now