Capítulo 13 - Uncontrolled

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Haviam tecidos esvoaçantes diante de seus olhos, o vento gélido noturno parecia bagunçar tudo sobre a cama de Singto, ele sabia que havia sido levado para casa pelo marido, embora estivesse muito confuso para se lembrar de qualquer coisa que acontecera após receber aquela notícia chocante. Amélia poderia não ser sua mãe. Não, era quase certo que Amélia não fosse sua mãe de maneira alguma, porém nem Jane conseguira explicar ao certo o que havia acontecido. Ele havia ficado nervoso, confuso, chocado e um pouco incoerente e Krist o havia retirado rapidamente dali.

Ele havia acordado ainda na mesma noite, muitas horas depois, nos braços do homem que amava, queimando de dúvidas, medos e um desejo arrebatador. Ele não sabia se era por estar assustado, ou por todas as revelações serem esmagadoras para ele, também não entendia por que havia acordado com aquela intensa resposta sexual ao seu choque, nem por que os braços de Krist o abraçando e o protegendo pareciam estar produzindo faíscas em sua pele.

Isso não era justo, ele deveria querer conversar e desabafar seus medos. Ele deveria querer chorar todo o seu coração por saber que sempre houve alguém por aí no mundo, que poderia amá-lo desde sempre e que por culpa do pai, nunca conheceu.

Mas não, ele estava queimando com um desejo físico, sombrio e doce vindo de sua mais profunda necessidade de ser amado e protegido, pois o slayer admitia, que sempre houvera uma parte de si mais frágil que ele tentara muito enterrar. E naquele momento, seu corpo egoísta parecia querer queimar todo esse medo, essa perda, essa dor de forma física. Não era justo, ele não pediria isso a Krist. E ele precisava sair dos braços do marido, antes que implorasse para que ele... Que ele o tomasse de uma vez.

Se esgueirando da cama, cujos lençóis de seda faziam sua pele arrepiar e sua luxuria se acentuar, ele se levantou. Apoiando os cotovelos na janela ele olhou para fora por um tempo, tanta perda, tanta dor, sua vida estava mudando tão depressa que ele mal conseguia acompanhar. O frio parecia ter pouco efeito em o despertar desse frenesi, embora o racional seria fechar a janela e voltar a dormir.

Ele olhou para o homem em sua cama, seu marido, o cara que ele jamais pensou que poderia amá-lo e estava ali, com ele. Ao seu lado nos melhores e piores momentos até então.

Ele olhou sua intimidade dura e gemeu baixinho. Ele não queria pedir a Krist que o fizesse esquecer a dor e a confusão. O marido merecia que todos os atos deles, fossem unicamente deles, e sempre por amor. Assim ele pensou em ir ao chuveiro, ou talvez nadar, ou andar até seus pés sangrarem pela propriedade. Qualquer coisa que não o fizesse explodir de pensamentos, sobre nunca ter conhecido, não ter podido salvar e ter chamado por muito tempo a mulher errada de "mãe".

Agora ele entendia por que Amélia parecia, se não o odiar, mal querer olhar para si. É claro, ela não poderia ser sua mãe, mas definitivamente havia sido a de Nantam, ele podia se lembrar, apesar da pouca idade. Ele havia perdido isso também, a menina não era mais sua irmã, não completamente. Será que isso mudaria sua situação legal? Será que a tirariam de si por não ser totalmente sua irmã? Sua mente queimava e ele continuava com o corpo selvagemente desperto, como se o punisse, lidando com seus medos de um jeito tão sem sentido.

— Volte para cama Sing... — Ele ouviu Krist sussurrar. O mais novo corou até a raiz dos cabelos. Ele não poderia voltar.

— Hmm... Amor, eu prefiro ficar aqui. — Ele sussurrou em resposta, congelado ainda perto da janela, sem saber o que fazer.

— Mas está ficando frio, Singto. Venha me esquentar. Descanse, amanhã eu prometo, nós iremos entender tudo. Eu te prometo amor, agora venha para mim. — O mais velho persuasivamente o impeliu.

Blood LineWhere stories live. Discover now