☆CONCLUÍDA☆ shortfic • robótica
Jeon Jungkook, engenheiro eletricista, mestre em engenharia eletrônica e doutor em engenharia de computação, é um grande expoente na pesquisa de Inteligência Artificial e robôs super realistas.
Junto a uma equipe peq...
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Aquilo foi muito estranho. Provavelmente passamos uns cinco minutos estáticos, só olhando muito chocados um para o outro, apesar de eu não poder dar certeza já que o tempo nessas situações se torna muito relativo.
Confesso que nem sabia que os olhos de Jimin podiam abrir tanto, e nem queria pensar em que estado estavam os meus, muito menos o que tinha acontecido com aquele biscoito que até agora estava estocado em suas bochechas.
Fomos despertados pelo barulho que minha geladeira fazia de vez em quando, e Jimin finalmente engoliu aquele maldito doce. Eu continuava parado, sem entender nada e perdido, provavelmente se me perguntassem quanto era dois mais dois no momento eu responderia zero, isso é, se eu ao menos conseguisse pensar em responder um número. Talvez eu respondesse "biscoito" ou algo do tipo também.
– Que porra...? – Finalmente consegui formular uma frase, não muito elaborada, confesso, mas foi o que consegui naquele momento e, inclusive, me sinto muito orgulhoso dela. Provavelmente era a única que conseguia descrever minha confusão de sentimentos. Jimin, apesar ter passado todo esse tempo olhando para mim, pareceu finalmente me enxergar, e parecia decidir se ficava confuso ou achava engraçada a minha reação.
– O que você está querendo que eu fale? – Se pronunciou por fim, dando uma risadinha curta e boba enquanto ajeitava mais ou menos seus cabelos com as mãos pequenas. Se bem que eu não sabia se dava para considerar aquilo ajeitar, já que acabava os bagunçando, acho que é só uma mania estranha que o robô havia adquirido mesmo.
– O que eu quero que você fale? Que tipo de pergunta é essa? – Retomei o foco, ficando quase irritado com como o maldito conseguia me desconversar tão fácil e me distrair com aquelas mexidas nos cabelos negros e brilhosos. – Eu te encontrei comendo, Jimin. Você tem que me dar satisfação, isso é óbvio. A ladainha vai ser longa? Porque se for quero me sentar.
– Ser longa ou não depende de você, afinal, estamos dentro do seu sonho, então meio que é você que decide. – O robô deu de ombros, apoiando o biscoito na mesinha na frente do sofá e ajeitando uma almofada em cima de seu colo.
Por via das dúvidas, sentei ao seu lado, assimilando o que o robô tinha falado; um sonho? Eu nem ao menos me lembrava de ter ido dormir. Sem contar que tudo aquilo parecia muito, muito real.
– Quer que eu te dê um beliscão pra ver se é real ou não? – Ele debochou, pousando os olhinhos brilhosos e desafiadores em mim. Era impressão minha ou o robô estava se divertindo com aquela situação? Olhei-o repreendedor. – Por que você tá olhando com raiva pra mim? É sua cabeça que tá criando isso, eu não tenho culpa.
Eu mesmo me dei um beliscão e, caralho, doeu pra porra, eu devia ter colocado menos força. Olhei pra marca já vermelha no meu braço e concluí que aquilo com certeza ficaria roxo. Hoseok com certeza ia reclamar disso, ele sempre fica me perguntando como eu consigo tantos hematomas, mas eu mesmo não sabia a resposta, eles simplesmente apareciam.
