Capítulo 7 - Sorrisos

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ALEX

Acho quer todos nos uma vez na vida sonhamos caindo no vazio e sempre acordamos bem no meio da cama, parados. Era assim que eu estava. Mergulhando cada vez mais fundo em um lugar escuro, eu queria acordar e lutava por isso, mas a escuridão era mais forte eu estava me deixando levar por ela então a voz dele ecoou no vazio.

Alex!

Ele gritava meu nome.

Acorde!

Ele suplicava.

Então decidi lutar mais. Eu não tinha forças para mover meu corpo, mas eu podia ouvi-lo. Ele chorava a noite e perguntava o porquê de tudo isso esta acontecendo, ele dizia que eu ia ficar bem, que ia acordar e isso me confortava, mas ainda sim eu estava a cair no vazio.

Então eu parei de cair.

Meus olhos estavam cansados, e não queriam abrir tão facilmente. Minhas mãos estavam rígidas, meu corpo dormente. Eu estava consciente de onde eu estava e o porquê de eu estar ali. Os bips que eu tanto odiava tocavam com frequência. Com relutância meus olhos se abriram e a luz me fez virar o rosto para o outro.

- Alex. – a voz dele ecoou em meus ouvidos enquanto a claridade deixava o quarto.

- Graças a Deus.

Ele segurava minha mão e novamente abri os olhos. O olhei calmamente e sem presa. Seu cabelo estava desalinhado, sua barba por fazer e seus olhos estavam com olheiras, não estava de terno e sim com uma camisa branca.

- Você esta acabado.

Ele riu.

- De todas as coisas que você poderia ter dito, você escolheu logo essa?

Ele riu novamente me abraçando.

- Quanto tempo...

- Quase um mês inteiro. Nos últimos dias você estava inquieto e tirava o soro e a mascara de oxigênio.

- Mascara?

Ele assentiu.

Não imaginei que estivesse em uma situação tão ruim.

- O que importa é que você esta bem. – disse ele rindo. – Vou chamar seus pais.

Então ele saiu pela porta e pude ver os dois brutamontes parados na porta. Os seguranças estavam ali e por alguma razão, mas eu não perguntaria nada sobre isso agora. Olhei para o quarto e vi o teto branco, a poltrona ao lado da minha cama com um livro jogado no chão. Esforcei-me para me sentar na cama enquanto retirava as agulha enfiada em meu corpo.

- O que ta fazendo? – adentrou Marcos no quarto segurando minhas mãos.

- Não é obvio?

- Nada disso. Nem pense em fazer nada. Você acabou de acordar e não deve se esforçar.

Eu teria dado dez motivos para que ele me deixa-se fazer aquilo, mas minha mãe adentrou o quarto e me agarrou que não tive nenhuma reação, seguido pelo meu pai. Então definitivamente eu não iria reclamar, não agora. Quando meus pais finalmente me soltaram – justamente quando o medico entrou para saber como eu estava – Marco me olha e senta do meu lado segura a minha mão.

- Eu não suporto a ideia de pode te perder e quando te encontrei no chão, praticamente... Morto eu fiquei desesperado. Eu não podia aceitar isso e ainda não posso.

- Marcos... – disse abaixando minha cabeça.

- Alex – ele levantou o meu rosto – Você aceita namorar comigo?

Ele deu um largo sorriso.

Por alguma razão meus olhos se encheram de lagrimas, esbocei um largo sorriso. Nossos rostos se aproximaram e nossos lábios se tornaram um. Então ele afastou e me olhou nos olhos, segurando uma caixa pequena na mão direita com um anel que brilhava com a luz da lâmpada do quarto.

- Isso responde a sua pergunta?

E mais uma vez nos beijamos. Eu começava a acreditar que eu realmente poderia ser feliz depois de tudo. De toda a dor e todo o sofrimento, parecia que finalmente o destino sorria para mim, ou assim eu pensava.

Querido Diário: O Poder - Livro II (Romance Gay)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon