Capítulo 8 - Halloween (Especial)

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É nessa época do ano que todas as supertições se aglutinam em uma emaranhado de fantasias e historias de terror. As festas a fantasia inundam a cidade e os filmes temáticos invadem a televisão. E como e todos os anos nessa data eu estaria sentado no sofá da minha casa, vendo um desses filmes enquanto mexia no celular. bem era isso que eu deveria estar fazendo se Marcos não tivesse me arrastado para a festa de Halloween da empresa dele.

O ambiente estava tenebroso, com aboboras gigantescas e velas acessas espalhadas pelo hall de entrada e por todos os cômodos. Haviam pessoas fantasiadas de bruxas, lobisomens, vampiros, zumbis. Como num todo a festa parecia ter custado alto.

Marcos estava fantasiado de vampiro, bem clichê na verdade. Sedutor e bonito, mas as coisas pareciam diferentes ultimamente. Ele ainda estava comigo, mas parecia distante. Enquanto divagava em meus pensamentos caminhei ate o bar – o garçom era um zumbi – pedi um Martine e me dirigia ao salão quando rapaz de pele alva, que vestia uma camiseta cavada que mostrava seus músculos fantasiado de caveira esbarrou em mim e derramou minha bebida em cima de mim.

- Oh droga! Desculpe-me.

O olhei vagamente e suspirei.

- Não se preocupe, é um bom motivo para ir embora.

Ele me olhou surpreso e deu de ombros, parecia não querer se intrometer na minha vida o que era ótimo já que todos estavam fazendo isso. Ele estendeu a mão e:

- Airton prazer.

- Prazer. Alex. – dei um breve sorriso.

- Eu sinto muito pela bebida. Posso te pagar outra?

- Esquece isso. Foi um prazer. Agora eu tenho que ir.

Disse por fim me afastando. Caminhei entre as pessoas e segui pela escadaria ate o segundo andar, entrei no banheiro e olhei para a minha fantasia. Eu estava na pior das hipóteses muito infantil, não eu estava mais do que isso. Uma fantasia de elfo do filme O Senhor dos Anéis. Limpei a bebida com papel umedecido e desci as escadas, mas algo em meio aquele amontoado de gente me chamou a atenção.

Marcos.

Mas ele não estava sozinho.

Airton.

Os dois pareciam conversar animadamente, mas algo em meu corpo começou a se contorcer, fiquei gelado e meus pulmões não queriam me deixar respirar. Airton falava cada vez mais perto de Marcos e ele não se importava e então o que eu já esperava aconteceu.

Marcos o puxou e o beijou.

Não foi Airton a dar o primeiro passo, e sim Marcos. Esse era o motivo de todo o distanciamento. Eu não era mais necessário, meu prazo de validade havia acabado e mais uma vez senti o golpe penetrar em meu coração. As feridas se reabrira e com mais força, as lagrimas quiseram cair pelo rosto, mas eu não faria aquilo ali e muito menos iria tirar satisfações com ele. Comecei a descer as escadas rapidamente e esbarrei em alguém.

- Esta tudo bem? – um garoto com mascara prateada me perguntou.

Não o olhei por muito tempo, apenas dei um meneio de cabeça e continuei a descer as escadas. Mas meu corpo estava agindo estranho e o ar que eu tanto precisava começou a sumir e como consequência, tombei na escada e rolei por ela ate chegar ao hall.

Um grito se socorro.

A face de Marcos.

E o garoto de mascara.

Foram as ultimas coisas que eu vi antes de me deixar levar pela escuridão.

Querido Diário: O Poder - Livro II (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora