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Josh Beauchamp

Ver a Any dançando daquele jeito despertou algo em mim que nem sei explicar. Eu usaria o termo: "tesão", mas é sujo e íntimo demais. Aquele giro com a jogada de cabelo e requebrada na bunda me deixou totalmente desnorteado, por alguns segundos eu fiquei sem ar. A temperatura que não passava de 23° graus, e de repente subiu e ficou uns 47° graus naquele espaço que instantes atrás dava lugar há um clima agradável e arejado.

Acho que estou meio febril.

A feição de mulherão da porra que irradiava dela se transformou em um semblante muito fofo. Seus olhos ficaram pequenininhos revelando suas poucas olheiras. Seu sorriso meigo, com suas covinhas à mostra. Se existe anjo na terra tenho certeza que estou de frente pro mesmo, e se chama Any Gabrielly.

É incrível a capacidade que essa mulher tem de me levar ao inferno e ao céu em questão de segundos.

— Gostasa. — berraram as meninas.

— Larina! — gritou a Sabina batendo palminhas. — Ay Mamacita! 

Os meninos estavam parados, sem reação, apenas o Krys sorria empolgado.

— Minha mãe é destruidora mesmo.

— Anyyyy.

Ela começou a ruborizar fortemente, e por mais que meus amigos estivessem certos, eu precisava intervir, pra não a constrangerem mais. Saio do meu transe pra dizer:

— Pessoal, está na hora do almoço, vamos comer?

A atenção deles rapidamente se voltou para mim.

Bingo. Acertei bem no alvo. Um perfeito e sonoro coro de "estou com fome" foi ouvido.

A Any me olhou com um olhar terno e agradecido, ela sussurrou um "obrigada" sem som, e sorriu pra mim.

Ah, se ela soubesse que eu daria a Lua pra ela se a mesma me pedisse e no final fosse recompensado com isso que ela fez agora. Esse jeitinho dela me derrete por inteiro.

Retribuo com um leve aceno e um sorriso caloroso, antes de me virar pra galera e dizer:

— O que estamos esperando?

Mais gritaria foi ouvida, e depois a Sabina, Noah, Bailey e Shivani correm feito doidos para dentro do prédio gritando repetidamente por comida. Aqui só tem doido, Deus me livre. Começamos a segui-los, de repente, sinto uma mão pequena e macia tocar meu pulso e me puxar levemente nos afastando dos outros.

Me viro atônito e suspiro ao ver Hina ali.

— Oi, Hina chan.

— Eu sei porque você me pediu pra ir chamar o Noah e a Any.

Ela vociferou, com seu tom de voz calmo mas firme. Fui pego de surpresa, minha expressão não passava despercebida e eu sabia disso. Senti cada molécula do meu corpo gelar, e meus batimentos cardíacos baterem em um pequeno descompasso. Engulo à seco. Ela percebendo que eu não conseguia falar nada continuou:

— Quando você me pediu pra eu ir chamá-los lá dentro eu estranhei até porquê você mesmo tinha saído a dois segundos do prédio e tinha ido lá para os buscar. Mas que provavelmente mudou de ideia, não te questionei porque você parecia meio avoado. E quando eu cheguei lá eu vi como eles dois estavam. Vi como eles se abraçavam, e ouvi quando eles disseram que se amavam com aquela piada interna deles.

ECLIPSE ❝beauany❞Onde histórias criam vida. Descubra agora