042

5.6K 522 509
                                    

Any Gabrielly

Ontem o ensaio foi bastante divertido, afinal é apenas o começo e o professor Kyle não quis nos sobrecarregar com começando já com a coreografia inteira de uma vez, pelo contrário, ele deixou a gente dar nossas opiniões e sugestões: tipo na formação, nos solos, nos movimentos.

Não treinamos a parte da cantoria ainda, não seria necessário para essa primeira parte. Assim que eu cheguei em casa fui recebida um jantar surpresa da minha mãe, ela realmente está empolgada, e eu não tiro sua razão.

Recebi mensagens dos meus amigos do Brasil também me desejando o maior apoio, já que eu comentei por cima em alguns grupos, mas eu pedi total descrição deles, não queria que a notícia se espalhasse tanto assim, apenas uma exclusiva os meus íntimos.

Foi consideravelmente difícil levantar da cama hoje, já que estamos na reta final das provas do último bimestre, segundo os meus cálculos hoje é o primeiro dia, e assim que os resultados forem entregues já estaremos liberados, e eu mal posso acreditar. Felizmente estudei bastante as últimas matérias que restam, e consegui dormir parcialmente bem, caso contrário eu estaria ferrada.

Visto a roupa do uniforme, mas dispenso a saia; afinal está um frio de 16 graus negativos lá fora, não tem condição alguma de ficar com a perna descoberta. Coloco uma calça preta jeans bem justa ao corpo, para aquecer minhas pernas o máximo o possível, se eu não fosse um desastre ambulante eu poderia usar a branca que comprei pela internet. 

Any + calça jeans branca + colégio = desastre mundial.

Meu cabelo está solto com duas trancinhas soltas na frente, e coloco meus acessórios habituais, saindo do quarto com meus tênis ainda na mão porque minha mãe já me gritava lá de baixo.

— Any, vamos. Eu preciso chegar mais cedo no escritório. — ela repetiu pelo o que parece ser a trigésima vez.

Não respondo apenas continuo correndo até chegar na sala completamente ofegante. Já na porta ela me entrega uma marmita enquanto Belinha comia uma maçã.

— Seu café da manhã. — diz me entregando, e eu pego enquanto corro até o carro para colocar meus tênis no pé e depois tomar meu café à tempo.

[...]

— Você acha que foi bem na prova de geometria? — perguntou a Sofya para mim.

— Acho que sim, ela estava parcialmente fácil.

— Eu fui um horror em matemática tenho certeza. — comentou a Savannah se deitando na grama.

— Sav, seu gabarito estava do mesmo jeito do meu, então pode relaxar.

E realmente estava, embora não tenhamos colado uma única vez, surpreendentemente nossas respostas eram quase iguais, apenas a explicação que utilizamos na nossa opinião pessoal estava diferente.

— Ai Any, não sei como você consegue ser tão boa e gostar de matemática. Para mim aqueles números são códigos do capeta, e quanto mais difícil é mais fácil é a entrada para o inferno. — disse a russa, e eu gargalhei alto.

Estamos apenas nos três sentadas na grama ao lado da grande árvore do colégio, ela é sagrada para todos nós aqui, além de ser completamente linda é gigantesca. Os outros ainda estão terminando seus exames.

— Oi, minhas adoráveis súditas. — falou o Krystian nos assustando.

— Perdeu o juízo poc da 25 de março?! Eu quase tive um infarto, e eu sou muito jovem pra morrer.

Afirmei enquanto ele se aproximava de nós, rindo.

 — Não exagere, Moaninha. Pra eu te causar um infarto ia precisar mais que um simples sustinho.

ECLIPSE ❝beauany❞Onde histórias criam vida. Descubra agora