Cinco segundos

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Os braços de Changkyun eram relativamente finos e não era muito raro ele precisar da ajuda de Hoseok na fisioterapia, para locomover equipamentos muitos pesados pelo apartamento ou – ainda no começo da fisioterapia – transportar Kihyun por trajetos muito longos e feitos sem o auxílio da cadeira de rodas. Ainda assim, Yoo não se sentia inseguro naquele momento, enquanto era mantido em pé apenas pelas mãos firmes de Changkyun e a parede gelada do box atrás de si era um suporte para seu corpo. Seu sentimento de pura confiança e o fato de não estar ligando para suas pernas trêmulas era uma completa loucura, uma vez que Im não estava exatamente focado em segurá-lo, mas, sim, focado em beijar o interior de suas coxas e encará-lo com aqueles olhos intensos e bonitos, fazendo-o esquecer completamente seu medo habitual de cair e envergonhar-se na frente da pessoa que gostava.

Depois de terem se rendido à fome que estavam sentindo, ambos decidiram seguir em direção ao chuveiro, onde planejavam um banho rápido e, então, desfrutarem de todas as comidas que Changkyun havia preparado e comprado para aquele dia especial. Entretanto, assim que Im o ajudou a sair da cadeira de rodas e o segurou contra a parede fria do chuveiro, Kihyun tomou os lábios do fisioterapeuta nos seus calorosamente e suas mãos agiram rapidamente. Não demorou muito para que estivessem beijando-se apaixonadamente, os braços de Changkyun envolvendo sua cintura, mantendo-o ereto, enquanto chupava seus lábios e investia suavemente o quadril contra o seu, seus membros antes adormecidos tocando-se a cada nova movimentação do mais novo. Quando o membro duro de Kihyun passou a roçar contra o abdômen de Changkyun e Yoo, em um gemido especialmente manhoso, pediu para que o companheiro lhe tocasse, seus pensamentos de serem breves se dissiparam.

Mais do que uma rápida punheta, Changkyun passou a lentamente deslizar seus lábios pelo corpo do homem, a princípio deixando uma série de beijos quentes, sua boca macia e ágil acompanhando o caminho que a água igualmente quente fazia pelo corpo do mais velho. Quando estava praticamente ajoelhado em frente a Kihyun, o fisioterapeuta lembrou-se de segurar Yoo firmemente, seus dedos fixos na cintura macia, enquanto seus dentes mordicavam suavemente a pele de sua barriga, provocando contrações na região e um Kihyun grunhindo seu nome, dividido entre amar a provocação e querer logo a boca de Changkyun em seu pau. Enquanto aguardava o mais novo, as mãos de Kihyun buscavam firmeza no vidro do box e na parede ao seu lado, enquanto sua cabeça inclinava-se cada vez mais para trás e a água caía deliciosamente por seu pomo de adão marcado e pescoço repleto de pequenas marquinhas que Im havia deixado minutos antes.

Estava tão exposto, literalmente com os braços e pernas semiabertas, enquanto seu quadril movia-se cautelosamente para frente. Inicialmente, com medo de mover muito sua região inferior e acabar perdendo as forças. No entanto, conforme sentia a boca de Changkyun se aproximando de partes mais sensíveis, como a carne quente de suas coxas, e deslizar lentamente sua língua por elas, Kihyun começava a esquecer-se de que deveria tomar cuidado. Ironicamente, prestar atenção nos estímulos em seu corpo, no prazer e nos arrepios que a boca de Im deixavam por sua pele, fazia com que ele esquecesse a atual situação de seu próprio corpo, que ainda precisava de algum tempo para ter a força que uma vez tivera.

Contudo, caso Kihyun pensasse bem, Changkyun em muitos momentos o fez esquecer-se sobre sua condição física, provando-o muitas vezes que ele podia continuar tendo a mesma vida que antes, ainda que estivesse em uma cadeira de rodas. Mesmo sendo seu fisioterapeuta, Im nunca o tratou como uma pessoa doente, pois ele, de fato, não era. Kihyun recuperaria seus movimentos, mas, ainda que os não recuperasse, ele sabia que Im Changkyun sempre o trataria normalmente, sem olhares de pena. Ele continuaria vendo-o como a pessoa bonita que era, por dentro e fora, continuaria a ser exatamente o mesmo. Aquela constatação sempre fazia com que Kihyun quisesse sorrir, preenchido por um sentimento de puro carinho e agradecimento e, naquele momento, o fez sentir-se verdadeiramente atraente e confiante. Suas pernas podiam estar trêmulas, eles obviamente não poderiam se estender muito ali ou ele realmente perderia a força em seus músculos, mas nada daquilo realmente importava enquanto Kihyun e Changkyun sentiam-se genuinamente atraídos e envolvidos um pelo outro.

Flores de Inverno ♡ changkiWhere stories live. Discover now