Capitulo 91

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Dou uma visualizada no meu short jeans cintura alta, um top vermelho solto e o meu conjunto de pulseiras coloridas no meu pulso. Pego a minha mochila do chão e saio do banheiro, satisfeita com a roupa que escolhi.

Babi- O que pensa que esta fazendo?

Flagro ele fuçando a minha outra mochila.

Henrique- Estava caçando um...como é o nome disso?

Ele levanta uma das suas mãos mostrando um pacote de absorvente. Franzo os cenhos e sem entender jogo a mochila que estava segurando, no canto da parede.

Babi- Pra que você quer um absorvente?

Me aproximo dele e tomo o pacote das suas mãos. Ele faz careta e pega de volta o pacote.

Henrique- É para a Duda.

Ele diz tranquilo, Respiro umas cinco vezes e me controlo para não explodir. Meio relutante para dizer algo, além de xinga-lo por inteiro o respondo.

Babi- Para a duda!?_ A sua cabeça balança em sinal de sim. Mordo os meus labios me contorcendo de raiva._ Ok. Entregue a ela e diz que eu espero que as cólicas dela seja pior que a mesma!

O empurro e saio de sua frente. Pego as roupas que deixei no chão e coloco na mochila.

Henrique- Mais que droga! Você está pior que a minha mãe hoje!

Cerro os meus olhos e com brutalidade procuro uma blusa na bagunça da minha mochila.

Babi- A sua mãe é um anjo! Ela, foi a unica em sair na minha defesa hoje mais cedo.

Henrique- Defesa!?

Babi- Sim!

Acho uma blusa desbotada preta minha e uso para secar os meus cabelos.

Henrique- Do que esta falando?

Me irrito por completo e com passos pesados paro na sua frente.

Babi- NÃO SE FAÇA DE SONSO, HENRIQUE! VOCÊ, SABE MUITO BEM DO QUE ESTOU FALANDO. AQUELA VADIA DESDE QUE CHEGAMOS ESTA DANDO EM CIMA DE VOCÊ E VOCÊ NÃO FAZ NADA!

Explodo tudo que eu queria falar, parece até que tirei uma cruz das minhas costas.

Ele parece ficar assustado com o tom da minha voz e ao mesmo tempo surpreso com o que eu disse. Sem entender vejo um sorriso ser formado nos seus lábios.

Henrique- Não consegue disfarçar, não é?

Fico sem entender e dou alguns passos pra trás.

Babi- Que?

Henrique- Está com ciúmes, Bárbara. Está com ciúmes de, mim!

Ele rir e dessa vez sou eu que fica surpresa.

Babi- Está ficando louco! Nunca vou ter ciumes de alguém como, você.

Henrique- Não é o que parece...

Convencido o mesmo diz.

Babi- Sai daqui, idiota!_ Mando ficando nervosa._ Vai ficar com aquela corna virtual. Eu estou nem ai para, você._ jogo a blusa na sua direção e ele corre em direção a porta rindo._ Corrigindo! Eu não estou nem ai para vocês dois! Eu te odeio.

Esbravejo e ele sai do quarto deixando um beijo no ar.

Idiota!

Vagabundo!

Cafajeste!

Otario!

Miserável!

Mal amado!

Último biscoito do pacote!

Ridículo!

Convencido a pouca merda!

Rato de coca-cola!!

Aaaah, como eu te odeio!

Bagunço os meus cabelos e no final acabo rindo.

Ah, meus deus me ajuda ja estou perdendo o controle com esse garoto...

Henrique on:

Desço as escadas com um sorriso bobo nos lábios e so fui notar que estava parecendo um idiota rindo ao chegar no quarto da Duda.

Duda- Conseguiu, amor?

Junto as sobrancelhas e sem impedir faço careta. Amor? Nem quando ficavamos ela me chamava assim. Na verdade, nenhuma me chamava assim. Que coisa mais brega, enjoativa e sem sentindo.

Quer dizer, não é sem sentido so que é mais fácil foder e ficar por simples interesse, do que envolver a palavra amor sabendo dos riscos que um sentimento pode nascer ali.

Henrique- Nos dois ja conversamos sobre isso.

Jogo o pacote estranho na sua direção que esta sentada na sua cama com um simples short mole preto e uma blusa preta do mesmo modelo.

Encaro o seu corpo e lhe analiso varias vezes, confesso não senti o mesmo desejo que tinha de antes quando eu não estava no internato. Não senti nenhum interesse em tirar as suas peças e te fuder por total prazer e luxúria.

Franzo os cenhos e sem perceber o seu nome vaga na minha mente.

Bárbara.

O meu coração parece errar as batidas e novamente aquele sorriso bobo surge.

Sinto as suas mãos no meu ombro e no meu rosto. Ela acaricia o meu rosto e eu posso sentir o seu toque macio sobre a minha pele.

Duda- Do que esta falando? So por que eu te chamei de amor?

Ela sussurra no meu ouvido o mordendo logo em seguida, não sinto nada apenas repulso.

Coloco a minha mão vaga sobre a sua que esta acariciando o meu rosto e me aproximo do seu ouvido.

Henrique- Sim..._ Sussurro dando um leve sorriso no final e sinto a sua pele contra a minha se arrepiar._ Não quero escutar você nunca mais me chamando assim, Duda!

Com a raiva nítida em seu rosto ela se afasta batendo no meu peito.

Duda- Qual é o seu problema!? Por que deixa aquela puta da Bárbara te chamar de amor e por que você a chama de, amor!? Por que a escolheu, em vez de mim!? ela não te merece! Eu te amo, Henrique!

Ela surta e sua finalização me deixou surpreso, mas a raiva que senti ao escutar o seu nome na sua boca foi o foco de tudo.

Rapidamente seguro em seu braço o apertando com força, os seus olhos se enchem de água e a mesma faz cara de choro.

Henrique- Ja chega! Eu acho que estava sendo muito bonzinho com, você!_ Ela tenta se soltar, mas aperto ainda mais o seu braço._ Nunca mais ouse abrir a sua boca imunda para falar o nome dela e principalmente para onfende-la. Esta escutando!?_ Falo deixando a raiva me dominar. Ela balança a cabeça em sinal de sim._ Você vai respeita-la como respeita a minha mãe. E se eu a escolhi foi porque ela soube ser mulher de verdade, não apenas em cima da porra de uma cama. E outra lhe deixei bem claro que entre nós dois nunca iria rolar nada. Você que criou sentimentos, se iludiu porque foi tola!_ Termino com um tom frio e odioso.

Solto o seu braço e ela cai no chão chorando. Vejo a marca dos meus dedos no seu braço e a mesma percebe o meu olhar e logo trata de colocar as suas mãos por cima, cobrindo a marca roxa.

Duda- Sai daqui!

Como um sussurro ela ordena e eu saio.

Acho que peguei muito pesado com ela.

Frustado subo a escada correndo.

Continuando...

Do Ódio Para O Amor [✅] PASSANDO POR REVISÃO Donde viven las historias. Descúbrelo ahora