Praimfaya

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O mundo estava prestes a passar pelo segundo apocalipse, não havia como sobreviver a onda mortal fora do bunker. Octavia pode ter conseguido unir os clãs no conclave, mas nem mesmo Osleya seria capaz de deter a praimfaya.

Para Clarke o plano era simples: chegar ao laboratório de Becca e trazer Raven para Polis. Mas as coisas não saíram como planejado e tudo o que restou foi se agarrar a chance de conseguir voltar ao anel. O tempo pode não estar a seu favor, mas é a única esperança e eles ainda respiram, o que significa que ainda podem lutar.

Quando Raven dividiu as tarefas para cada companheiro, Clarke ficou com a mais decisiva: Achar a antena e alinhar para que eles conseguissem entrar no anel quando chegasse a hora. Mas o cronômetro seguia contando os minutos, segundos, centésimos...

— Cadê a Clarke? — Bellamy pergunta ofegante, é possível ver a preocupação em seus olhos e um pouco de desespero em sua voz. Raven olha para os quatro lados, parecia buscar pela loira. Quando seus olhos encontraram os de Bellamy, ele logo percebe que ela ainda não havia voltado e seu corpo se enrijece.

Ele lembra de quando conversaram mais cedo, Clarke parecia estar com medo, sem esperança. Era como se eles houvessem se despedido e ela passado a responsabilidade da liderança inteiramente para ele. Bellamy tenta afastar aqueles pensamentos que não serviriam de nada. Ele tinha que se acalmar e usar a cabeça.

— Ela deve tá voltando nesse exato momento. — Raven fala olhando para o cronômetro na parede, mas suas palavras pareciam mais uma súplica do que uma certeza. Isso não ajudava em nada, só fazia os pêlos do corpo de Bellamy se arrepiarem pela incerteza e o medo, ainda que ele lutasse incessantemente contra a sensação.

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— Droga, por que não funciona? — Esbraveja. Clarke estava na antena que ligaria a energia do anel, possibilitando que Raven pudesse abrir as portas e fazer tudo funcionar quando chegasse a hora. Mas os controles não funcionavam e o desespero tomava conta dela a cada segundo que se passava.

É como se tudo dependesse dela mais uma vez. A vida de seus amigos dependia daquilo. Clarke respira fundo na tentativa de se acalmar, de achar uma maneira de fazer aquilo dar certo e valer a pena. Mas tudo o que vem a sua mente é o fato dela não ter conseguido se despedir de sua mãe. Talvez ela não a veja nunca mais e nem pode dizer o quanto a amava, não pode dizer adeus. Ela balança a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, tentando se concentrar no que estava fazendo.

— Vamos lá, Clarke. Pensa.

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— Raven, ela não está voltando! — A voz de Bellamy quase falha, mesmo ele tentando parecer firme. Raven parecia sem esperança, o olhar dela gritava que tudo estava acabado.

— Deve ter acontecido alguma coisa — Ela para por um momento e olha para baixo e de repente ergue a cabeça como se tivesse lembrado de algo. — Se a radiação está afetando esses computadores deve ter danificado o controle da antena. Clarke não vai saber como alinhar. — Ela põe a mão esquerda na cabeça e leva a direita até o quadril.

— Raven, pensa! Deve haver outra forma de alinhar aquela antena. — A angústia e a adrenalina dominam Bellamy por inteiro. Ele ainda tem esperança e está disposto a se agarrar a qualquer migalha que sair da boca de Raven. Tudo o que ele quer é uma chance de fazer aquilo dar certo.

— O único jeito é fazer manualmente. — diz, mas não parecia animada. — Os rádios não estão funcionando, Bellamy. Se alguém for pode não conseguir voltar. — Todos ali pareciam ter ido do céu ao inferno com aquelas palavras. Ninguém queria morrer, haviam lutado tanto para chegar ali, montar aquela cápsula, deixar tudo pronto para ir ao espaço viver mais um dia. Nada daquilo parecia fazer sentido agora.

In Another Life - The 100 [REVISÃO]Where stories live. Discover now