Missão suicida

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Três anos no Vale.

      Para muitos três anos é muito tempo, tempo demais, mas para aquela família isso não era nada. Tudo havia acontecido tão depressa que eles mal acreditaram que suas contas estavam certas.

      Clarke estava uma mestra na pescaria - Bellamy costuma brincar dizendo que ela o havia fisgado - ela era a responsável por isso e sempre que ela ia pescar as crianças inventavam de nadar no rio, o que não era nada bom pois afastava os peixes.

— Não! Nem pensar! Vocês dois têm mais o que fazer. Saiam do rio. Agora!

     Madi revira os olhos e obedece. A menina era responsável pela colheita, Bellamy a havia ajudado a plantar algumas mudas de uma espécie nova que eles acharam no verão. O fruto dessa planta era avermelhado e ele era extremamente doce, ótimo para a sobremesa principalmente nos dias que Clarke cozinha - o ensopado dela era péssimo, mas ninguém falava - Bellamy sai logo depois, mas vai em direção a loira e a surpreende com um beijo.

— Perdão. - Ele pede, mas ela apenas o ignora. — Ainda está brava? - Por um momento ela o encarou como se aquela fosse a pergunta mais idiota de todas. Ela força uma risada irônica e joga a lança acertando em um peixe.

— Quer mesmo que eu responda?

— Você sabe que eu preciso fazer isso.

— O que você precisa é ficar vivo, pela nossa filha, por nós! Isso é uma missão suicida e você sabe disso. - O olhar dela possuía mais tristeza do que raiva, Bellamy sabia disso.
   Eles olham para baixo e só então percebem que Madi ainda estava ali os encarando sem entender nada. Ambos se recompõem.
— Não vou mais discutir sobre isso.

   Bellamy observa Clarke pegar a lança com a última remessa de peixes do dia e sair do rio sem sequer olhar para trás. Ele desce e vai até Madi que segurava um cesto com a tal fruta recém descoberta.

— Você vai de novo, não vai? - A voz da pequena destroça o coração dele.

— Acha que eu devo?- Madi olha bem nos olhos dele, ela também o conhecia, sabia que era a única que poderia o impedir só não sabia se devia.

— Acho que vai ficar triste se não for.
- Bellamy sorri.

— Já decidiu como vamos chamar essa coisinha? - Diz pegando o fruto vermelho.

— Clarke disse que devemos decidir juntos, já que descobrimos juntos.

— Hmmm.. eu acho que chamaria de... quer saber? Deixo essa responsabilidade em suas mãos, posso confiar? - Ela balança a cabeça com um sorriso de lado. — Ótimo. Assim que eu voltar vai ser a primeira coisa que eu vou querer saber. Combinado?

— Combinado.

 ----------✥----------

    Ainda era dia e o rover estava pronto, Bellamy tinha tudo que precisava para se manter durante três dias em Polis. Há alguns meses atrás ele criou um plano em sua cabeça, iria todo mês até polis e tiraria o máximo de destroços possíveis para garantir que quando o ar não fosse mais tóxico sua irmã e os outros pudessem voltar ao solo.
    Clarke deu força em sua primeira viajem, mas algo deu errado e ele voltou todo machucado e com um braço quebrado. Bellamy demorou quase um mês para se recuperar cem por cento de todos os machucados e desde então a loira despreza por completo o tal plano.
    A verdade é que ela sentiu aquilo depois de muito tempo, sentiu a sensação de que perderia mais alguém que ama, mais alguém que ela não podia perder e isso quase destruiu sua relação com Bellamy.

— Posso entrar? - Ele diz após bater na porta da antiga igreja.
   Clarke não respondeu, apenas respirou fundo e quando o olhou não pode evitar que as lágrimas caíssem.

— Eu não quero ficar com raiva de você. Eu não quero que vá até lá porque eu não quero te perder. Eu não posso perder mais ninguém, Bellamy.

   A dor invadiu o coração de Clarke. Era como um poço fundo cheio de água suja e Clarke estava no fundo sem poder respirar, sem poder pedir por socorro. Ela estava sufocando.
  Bellamy a abraçou o mais forte que pode e então era como se o ar tivesse voltado para seus pulmões.

— Você não vai me perder. Eu sempre, sempre vou voltar pra você.

   Eles deitaram em uma das camas de frente um para o outro, não falavam nada, não precisavam falar nada. Clarke só precisava saber que ele ainda estava ali e Bellamy só queria poder se fazer presente.
   Ele leva uma de suas mãos até o braço dela e começa a acariciar, fazendo movimentos leves de vai e vem. Clarke fecha os olhos para sentir aquele toque, ela suspira quando as mãos dele começam a subir para seu pescoço, atrás de sua nuca, em teu tórax, depois voltando para seu braço e descendo até sua cintura e em seguida até sua coxa...

— Tá sentindo? - Ela faz que sim.
— Eu tô aqui. - Bellamy suspira e então a beija. A beija como se seus lábios precisassem um do outro, como uma dança lenta e feroz.
   Ele se senta na cama e a ajuda a fazer o mesmo. Bellamy tira a camisa e Clarke o segue tirando a sua também, em poucos minutos eles já estavam nus de frente um para o outro. Seus olhos estavam escuros de desejo, mal lembravam das lágrimas de mais cedo, ou da raiva.
   Clarke então se senta no colo dele e sem precisar dizer nada Bellamy começa a beijar seu corpo, seus seios fartos que clamavam por atenção. Ela começa a provoca-lo se movimentando em cima de seu membro.
    Ele larga seus seios e beija sua boca, as mãos de Clarke agarravam os cachos de Bellamy e puxavam sua cabeça para trás dando espaço para que ela chegasse a seu pescoço e deixasse uma marca lá.
   Em um impulso feroz ele a joga na cama e volta a beija-la, mas dessa vez não é sua boca que ele beija e sim todo o seu corpo, como se fosse um lobo marcando território, ele desce até sua intimidade e sente ela umedecer em sua boca. Clarke segurava nos lençóis e se esforçava para não gemer alto, mas Bellamy não ajudava.. ele começa a penetrar dois dedos em sua vagina enquanto chupava seu clitóris devagar, ele pode sentir Clarke se contrair de prazer e ainda assim não estava satisfeito.. e nem ela.
    A loira o puxa para cima e volta a colar seus lábios nos dele, mas Bellamy logo a faz se afastar após penetra-la sem aviso prévio a fazendo arfar. Então eles voltam a dança lenta e feroz, mas dessa vez são seus corpos que dançam se deixando guiar pelo prazer, pelo desejo de terem um ao outro ainda mais perto e mais perto.. os movimentos começam a ficar mais fortes a medida em que os gemidos de Clarke se identificavam e seguem assim até que ambos chegam ao ápice e se deitam abraçados na cama.

— Não vou a lugar nenhum hoje. - Ele diz tentando recuperar o fôlego e ela apenas sorri.

In Another Life - The 100 [REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora