capítulo 4

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Caio

Ultimamente a palavra Caos era algo bem presente na minha vida, tanto na profissional quanto na sentimental, era meio dia e eu estava de um lado para o outro com araras repletas de roupas, fruto do meu trabalho e de longas noites acordado produzindo ou esboçando alguma peça que eu acreditava ter potencial para o mundo da moda.

Quando entrei para fazer moda foi uma surpresa até para mim mesmo, mas pensei, por que não? Porque não posso trabalhar com algo tão fascinante? E deu certo, mesmo eu tendo castigado meus dedos com furos de agulha enquanto eu aprendia costurar, olhar para atrás e voltar para onde eu estou é incrível, estava organizando meu próprio desfile, representando a marca que era meu sonho inalcançável então eram coisas super preciosas para mim.

O nosso set estava uma loucura, modelos se preparando, todos profissionais da indústria se dedicando para que fosse algo impecável. E deveria ser, os convidados são os gigantes da indústria, homens e mulheres que com uma canetada podiam me destruir, pessoas que dentro de uma sala decidiam os rumos da vestimenta no mundo. Moda além de ser glamour, não era sobre roupas mas também sobre poder.

Alinhei mais uma fileira de araras com roupas, todas costuradas e revisadas nos mínimos detalhes por mim, cada peça tinha minhas mãos na sua essência assim como todo artista produz sua arte.

Sasha estava pra ficar louca, além de ser meu braço direito ela me ajudava com tudo, absolutamente tudo referente ao ateliê os desfiles, e nesse exato momento minha melhor amiga estava indo de um lado para o outro, sem parar um instante sequer.

E eu? Tão nervoso que estava prestes a vomitar de ansiedade, queria que tudo saísse de forma mais perfeita possível, que meu primeiro desfile fosse um grande sucesso e que ficasse circulando na internet com críticas positivas sobre meu trabalho. Até porque querendo ou não a internet acaba ditando o sucesso de uma pessoal, se te elogiam é ótimo um alcance gigantesco no seu trabalho, se te detonam? péssimo, um alcance gigante mas de forma negativa.

Estudei com uma garoto chamado Javier, ele era ótimo, mas uma crítica feita por uma das diretoras da Runaway acabou com todo sucesso potencial que ele poderia ter, e eu realmente não quero isso para minha vida.

Estava com com meu caderno em mãos, revendo minhas anotações e buscando se havia algum ponto pendente, algo para ser resolvido, até convite vip para uma grande empresária eu consegui, ela era dona de uma grande rede de hotéis de luxo, e meus namorados me deram maior dor de cabeça para conseguir aquilo, mas estava tudo resolvido, Mirella Darven estava na primeira fila conosco, onde ia poder observar toda a obra de um trabalho árduo bem de perto.

— Caio? Os meninos ligaram estão prestes a chegar, e inclusive aquele colunista pé no saco que você não gosta já está aí também — Sasha me avisa e fico feliz, mas rolo os olhos na última parte.

Patrick Luvic ou o ser humano mais peçonhento da face da terra, era um colunista que ficou famoso, mais bem famoso com suas matérias ácidas em relação as pessoas, e ultimamente eu era a bola da vez no seu site de fofocas, ou os meninos, sempre ele postava algo sobre nós três, o que não me incomodava, porque o que vem de baixo não me atinge, mas não queria mesmo a presença dele, foi um descuido ter deixado o credenciamento de imprensa aprovar ele no meu desfile.

Mas de qualquer forma eu daria um jeito de tirar ele do meu desfile, a última coisa que eu preciso é o Luvic rastejando na minha casa, isso, minha casa era a passarela e minhas filhas as modelos, e de forma alguma eu deixaria uma cobra adentrar no meu paraíso.

— Hernandez? Está ocupado no momento? — digo após pegar meu celular e ligar para o chefe da equipe de segurança.

— Não senhor, o que precisa? — enquanto ando atrás de Luvic, explico para Hernandez como eu queria que a abordagem fosse feita, de forma educada e gentil para não munir mais ainda aquele nojento.

Um Amor Proibido IIWhere stories live. Discover now