capítulo 5

1.5K 135 73
                                    

Caio

Bom, o que eu poderia dizer sobre o sucesso absoluto da minha coleção? Foi perfeito, minha cara foi parar na capa de algumas revistas, e Louis fez questão de emoldurar todas e por na nossa sala, achei exagerado, mas ele dizia que eu merecia e que meu sucesso deixava ele e o Will igualmente felizes.

Houveram críticas, claro que sempre tem pois a vida não é um mar de rosas, mas Ludovic foi ofuscado por todas as coisas boas que eu vinha recebendo, e principalmente os holofotes da mídia.

A diretora da Yves entrou em contato comigo, fizeram uma proposta muito boa e eu estava em dúvida ainda, pois foi na casa da Gucci que eu tive a chance de me lançar, e ficava dividido entre a grife dos meus sonhos e a grife incrivelmente boa que apostou em mim, mesmo sendo novato todos se mantiveram positivos em relação ao meu trabalho.

Minha mãe não ficou muito tempo com a gente, demos uma tour com ela pela cidade, ela odiou o vai e vem constante de carros e pessoas, mas não julgo, sair de uma cidade tranquila pra chegar numa barulhenta e infernal New York não deve ser nada fácil.

Eu estava no ateliê, meu ateliê assim como minha casa agora tinha um recorte da página dois da VOGUE falando sobre o desfile, Sasha fez questão de fazer o mesmo que o Louis, inclusive não faltaram propostas de trabalho para ela após o desfile, e fico grandemente feliz que ela tenha me escolhido. Sasha é meu tudo no ateliê, e não tenho nenhuma vergonha de expressar o quanto ter ela comigo é importante.

— Hey Caio, não esquece do seu almoço com os meninos, 12:30 no Minu tá bom? Tem reserva, Louis passou mensagem hoje pela manhã — assenti.

Os meninos estavam mais presentes, não estavam cem porcento mas estavam se esforçando, ultimamente temos até assistido filmes juntos, o que raramente acontecia, Will criou a sexta do " ChocoDick ", basicamente é o dia que transamos horrores e depois assistimos filmes tomando chocolate com biscoito. O nome do dia é uma merda, mas fazer o que, Will sendo Will.

Estava criando algumas peças novas, queria trabalhar com cores pastéis, coisas simples e bonitas. Até pensei numa jaqueta amarela na cor pastel, mas me deu enjoo só de visualizar aquilo na vida real, então era um constante processo de amassar folhas e descartar na lixeira.

Depois que produzi alguns desenhos aceitáveis, conversei com a Sasha sobre que tipo de tecido a gente iria usar, amava escolher os tecidos. Sasha aproveitou pra falar sobre um homem que ela conheceu no dia do desfile, estavam saindo para jantar e ao que tudo indicava as coisas estavam rolando, o nome dele é Jerome, imaginei alguém mais velho, mas segundo ela ele é bem conservado.

Saí do ateliê e peguei um táxi para o restaurante, estava faminto e doido pra comer qualquer coisa que fosse. O trânsito não colaborou muito, e me bateu logo o despesero do atraso, os meninos tinham o horário de almoço cronometrado, e qualquer atraso eu acabaria almoçando sozinho, porque nesse quesito trabalho é trabalho, não importa se você é o chefe ou não.

Quando vi a fachada do Minu meu coração ficou mais aliviado, paguei pela corrida e me dirigi para entrada, na recepção informei uma moça sobre a reserva e ela me acompanhou até a mesa.

Bom 12:25, não estava atrasado e ainda tinha conseguido chegar primeiro que os meninos. Fiquei batucando os dedos na mesa e bebendo um pouco do vinho que foi servido, olhava o movimento passar através das janelas de vidro, eram enormes, existem coisas como janelas de vidro super grandes que não entendo qual a finalidade.

O tempo foi passando e os meninos não chegavam, suspirei fundo enquanto continuava olhando para a entrada do restaurante. Peguei meu celular e comecei jogar qualquer coisa para me distrair.

Um Amor Proibido IIDonde viven las historias. Descúbrelo ahora