XIII - Minha vela queima dos dois lados, não vai durar a noite inteira

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De Lalisa Manoban:

"Seria tudo mais fácil se não fosse tão instantânea, gostava de viver o momento, o que quer que ele fosse"





Lisa agarrou a perna de Jennie cruzando com a sua, conseguido dessa forma o contato que queria. Jennie gemeu, manhosa, assim que as virilhas se encontraram, fincou as unhas na cintura de Lisa, arranhando a pele suada no processo. A tailandesa tinha pequenas marcas naquela região por culpa da morena, como também sabia que ela tinha fios de cabelo a menos só pelas vezes que puxava as madeixas castanhas na região da nuca.

- Mais rápido... por favor - ela gemeu entre dentes, agarrando sua cintura mais forte.

Lisa acabou rindo, se deitando sobre ela para deixar um selar nos lábios fartos, antes de aumentar os movimentos. Eram uma bagunça de suspiros, lençóis e fluidos, de cabelos suados e mãos afoitas que sempre tomava conta da noite das duas. Sentiu o torpor do ápice a atingir primeiro, porém, não parou até ouvir um gemido mais alto de Jennie. O corpo dela se encolheu debaixo de si até o silêncio descer por completo, deixando espaço para as respirações descompassadas.

Seu corpo repousou por cima do dela, sentia o coração de Jennie bater rápido contra o seu.

E era tão puro aquele momento que poderia dormir só com a música que ela produzia em cada batida do coração, enquanto um carinho desajeitado arrepiava suas costas. Cada vez que pensava nesses momentos conseguia entender como tudo em Jennie Kim havia se tornado genuinamente familiar, enumerava todas as posições favoritas dela, sabia só pelos gemidos quando finalmente iria gozar e sempre quando iam dormir tinha o rosto suado e a boca melada dela em seu ombro. Jennie se tornou uma constante gostosa e tentadora demais, difícil de lidar, que a deixava de quatro numa rapidez surpreendente.

- Seus pais devem chegar daqui a pouco, não vai tomar banho? - sussurrou ela.

- Ah, por favor, não estrague o momento, morena. - Lisa abriu os olhos, deitando-se ao lado dela na cama.

- Você me pediu para te lembrar - rebateu, divertida. - Mas eu entendo... já é noite e eu não quero ir embora também.

- É só não ir.

- Você sabe que não é tão fácil assim.

Jennie se levantou, abrindo o guarda roupas a procura de uma toalha como se aquele quarto fosse seu. Lisa encarava todas as curvas da Kim, culpando-as por colocá-la naquela situação.

Respirou fundo, fitando o teto. A culpa estava tomando conta de todos os seus pensamentos desde a conversa com Rosé, desde o beijo com Jisoo. O que era para ser uma transa casual com Jennie se transformou em encontros constantes. Elas não conversavam no colégio, apenas marcavam um lugar e pronto, Lisa ia como um cachorrinho carente.

Seria tudo mais fácil se não fosse tão instantânea, gostava de viver o momento, o que quer que ele fosse, não nutria arrependimentos dentro de si e não era um pessoa reprimida. Se gostava de alguém corria atrás, se quisesse experimentar o gosto dos lábios de Jisoo, o faria, mas até aquele simples beijo estava deixando-a culpada, como se estivesse escondendo um grande segredo de Jennie. Droga! Elas não tinham nada! Não devia explicações ou satisfações para ela.

E mesmo que na noite anterior Jisoo não tivesse aparentado se incomodar com isso, Lisa quis se manter firme, passou a noite toda acordada, olhando para o telefone desligado, contendo os impulsos para não perder o resto do orgulho que tinha e ligar para Jennie. Mas seu controle durou somente até seus pais saírem, não queria incomodar o que quer que Jisoo estaria fazendo num domingo com Rosé, e ficar sozinha não estava em suas opções.

O último ano do resto das nossas vidasМесто, где живут истории. Откройте их для себя