Alive

Capítulo 16 - O preço da liberdade

A fuga foi como eu tinha previsto, nós nos esgueiramos e escondemos, corremos quando tivemos a chance e disfarçamos como pudemos. Henry sempre estava atrás de mim, assim se fossemos atacados ele não sofreria nenhum dano primeiro.

Estávamos quase na saída quando um robô de vigilância nos percebeu, ele logo deve ter dado um alarme silencioso porque guardas e mais robôs se aproximaram, estávamos cercados.

-Jake...- Henry falou apreensivo.

-Deem meia volta e ninguém se machuca! - Ryan gritou e ah..! Como eu queria matar esse homem.

-Calma Henry - eu peço baixinho e num segundo desembainho minhas lâminas dos meus braços.

-Senhor, o que é aquilo? - um capanga pergunta baixinho para Ryan, mas eu com minha audição melhorada consigo ouvir.

Então quando eu estava pronto a atacar, caso eles viessem para cima eu capto outro som. Sirenes, a polícia estava a caminho e eu abro um sorriso.

-Jake?- Henry pergunta ainda atrás de mim.

-A ajuda chegou- eu falo contente.

Logo o que se seguiu foram tiros e gritos de ordem da polícia, os robôs vigilantes foram para cima e a polícia não economizou nas balas. Os capangas alguns fugiam, outros se rendiam e alguns caiam mortos no chão.

Eu fugi da confusão com Henry, eu o puxava pelo braço e diminui minha velocidade para ele poder me acompanhar na corrida nós íamos em direção à outra saída, menor e provavelmente mais calma.

-Estamos quase lá Henry - eu falo esperançoso.

-Eu vou ser livre! Livre! - eu podia ouvir a alegria na voz dele- Jake, obrigado!

-Não me agradeça ainda! - eu falava enquanto estávamos prestes a cruzar o pequeno portão- Vamos!

De repente eu ouço um disparo próximo e me viro, Henry que estava ofegante para atrás de mim assustado, mesmo com a audição melhorada o eco dentro da oficina não me permitia saber de onde vinha o tiro.

-Achou mesmo que ia escapar MOLEQUE!- Ryan aparece furioso na frente do portão com uma arma em punho apontando para aminha cabeça, era uma Glock calibre 38, em qualquer parte do meu corpo um tiro, ainda mais desse calibre seria irrelevante, mas na cabeça, eu poderia perder parte das minhas memórias e talvez mudar a minha personalidade, talvez até ficasse inoperante para sempre.

-Fui eu que te denunciei! Deixe ele ir!- eu falo sem pensar.

-Quem é você?- ele pergunta num assobio de raiva- Esquece! Ele é minha propriedade! E ele vem comigo!

-Ele não é de ninguém! E ele não vai com você! - respondo.

-Você não esta em posição de ordenar nada rapaz- ele fala de aproximando parando a uns 2 metros, apontando a arma para a minha cabeça sem fraquejar.

-Henry. Não é. Um. Objeto- eu pontuo cada palavra com ódio e ele solta um sorriso de escarnio.

-Vamos ver isso quando eu te matar- ele fala e tudo parece acontecer ao mesmo tempo.

Eu ouço um disparo e em segundos com a lâmina da mão esquerda eu corto o seu braço fora e com a direita eu o esfaqueio no coração, mas o tiro nunca vem, ele não me atinge na cabeça e quando eu olho Henry esta caído no chão e uma poça de sangue começava a se formar em volta da sua cabeça, ele estava caído um pouco a minha frente.

-HENRY!- eu me jogo no chão pegando-o no colo- NÃO! NÃOOOO! HENRY!- eu levanto com ele e saio em disparada pelo portão, nem me importando em levar um tiro da polícia ou algo assim, tudo o que eu queria era salvá-lo.

Em questão de poucos minutos eu acho uma ambulância e esta sai em disparada para o hospital mais próximo, eu fingi que era irmão dele e entrei na ambulância junto, os socorristas andavam de um lado para o outro no pequeno espaço do carro e eu me encolhia, somente vendo o trabalho dos profissionais eu pensava em tudo o que aconteceu.

"Henry...Seu idiota. Você tinha uma vida pela frente, você não deveria ter pulado na minha frente, eu não sou nada, não sou ninguém! Eu queria te salvar! É pra isso que eu vim! Você merecia a sua liberdade. Não era para ser assim... Você quebra tão facilmente. Eu deveria te proteger. É para isso que eu sou feito..."

CONTINUA

ALIVE 2 EM BREVE