Capítulo XVIII - Alguém a quem recorrer

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Eu preciso de alguém para curar, alguém para conhecer
Alguém para ter, alguém para segurar
É fácil dizer, mas nunca é o mesmo
Acho que eu meio que gostava do jeito que você entorpecia toda a dor

Agora o dia sangra no anoitecer
E você não está aqui pra me ajudar a passar por tudo isso

Agora o dia sangra no anoitecerE você não está aqui pra me ajudar a passar por tudo isso

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... Era tarde demais

A cena de horror que Naruto havia presenciado não saía de sua cabeça, o que havia sido pego por seu campo de visão; estava gravado em sua mente como o ferro quente marca um gado. Nem se ele quisesse aquilo seria removido de sua memória.

Sentiu Sasuke tentar impedir que fizesse algo errado, mas, este desistiu ao constatar que tudo ali estava em um desastre total, exceto sua atitude.

Se desvencilhou do aperto da mão fria de Mebuki, que agarrou seu ombro à custo, para tentar o impedir que fazer algo à respeito.

Sakura lembrava à um animal.  Encolhida no canto do cômodo, abraçando as próprias pernas na tentativa de auto proteger o corpo que naquele momento; parecia tão pequeno e indefeso, como nunca tinha parecido. O olhar perdido cortava o coração de Naruto, ela não parecia notar que ele estava ali como ela também já esteve um dia para ele, para puxar da escuridão que aos poucos, a devorava.

O amanhecer naquele dia tingia o céu em cores sangrentas; o sol avermelhado pincelava o céu que  devia estar em cores celestes.

Qualquer barulho ao seu redor soava abafado em seus ouvidos, não tinha condições de se concentrar em qualquer coisa que não fosse Sakura.

Ao parar e se ajoelhar diante de sua amiga, Naruto não pôde evitar de prender o ar que agora agredia seus pulmões em pura agonia. Os olhos esverdeados da rosada fixos em si estavam tão distantes que ele chegou a cogitar a possibilidade de que Sakura não enxergava um palmo adiante do próprio nariz.

Não conseguia entender como uma pessoa como ela tinha que passar por tantas coisas traumatizantes, ninguém merecia uma crueldade como aquelas, ninguém!

- Sakura... - a chamou em um sussurro  que ao sair, arranhou sua garganta que possuía um nó do tamanho de uma laranja.

As pupilas de Sakura dilataram ao mover-se em direção à Naruto. Conforme processava em sua mente o que acontecia naquele instante, os olhos esmeraldas cintilavam com o brilho das lágrimas de se acumularam tão rapidamente para então escorrer por toda a tez pálida do rosto delicado em silêncio.

Sem pensar em mais nada Naruto a puxou os unindo em um abraço apertado, tentando fazer de seu corpo um escudo que a protegesse de todo o mal que a cercasse.

Sakura demorou a reagir, parecia estar completamente inconsciente. Mas quando os dedos finos se prenderam na camisa de Naruto com uma força capaz de rasgar o tecido e um soluço rasgando de forma tão dolorida preenchendo o ambiente, onde tudo até então estava silencioso e parecia mover-se em câmera lenta.

Sua Sorte, Meu Azar Where stories live. Discover now