0.7 • marinette

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Aos sábados, a padaria e confeitaria fechava mais cedo, no caso as três da tarde; e foi depois desse horário, que a de cabelo escuro piscou algumas vezes para o celular, incrédula no que lia.

Chat Noir tinha ido até a loja, comeu um crosaint e levou macarons para viagem, e ela não fazia a mínima ideia de quem era o anônimo.

Max tinha feito esse pedido. Assim como Luka, Kim, Adrien e várias pessoas que ela deveria conhecer, pois sempre iam a padaria, mas não sabia nada sobre elas.

Marinette ficou nervosa com Chat Noir, e decidiu não o responder por um tempo, embora ele mandasse mensagens falando que ela era linda, sua voz era adorável, os macarons estavam deliciosos e o crosaint divino.

A de cabelo escuro odiava esse anonimato, e ainda mais quem estava por trás daquilo, a fazendo duvidar de cada um que cruzasse seu caminho.

Seu celular apitou mais uma vez, mostrando a nova mensagem de Chat que havia chego, perguntando se ela estava ali. Marinette respirou fundo, antes de pegar o celular e dizer que estava.

"yay! resolveu responder, my lady? :)"

A asiática revirou os olhos. Ainda não entendeu porquê continuava a conversar com Chat Noir. Talvez, fosse apenas para passar o tempo, ou ela estava muito curiosa para descobrir quem era a pessoa por trás daquelas mensagens.

"estava morrendo de saudades de você, marin"

A garota sentiu suas bochechas ruborizarem. Por que ela ficava assim? Ela deveria desistir disso logo, mas Alya disse para ela continuar, porque sentiu que esse cara é o cara.

Como Alya sabe que ele é o cara?

"você conhece a Alya?" - Marinette decidiu perguntar, sem ter motivos concretos.

"quem?" - ele demorou tempo para responder, sendo que havia visualizado no mesmo horário em que ela mandou. Ou ele mentia, ou estava repassando quantas "Alyas" poderia ter na escola.

"Alya Césaire, presidente do jornal da escola" - ela escreveu com pressa, querendo uma resposta mais rápido possível.

"quem não a conhece, não é?"

Touché. Marinette compreendeu que naquele momento, ele faria de tudo para esconder sua identidade, e ela deveria respeitar isso.

"desisto de tentar descobrir quem você é. vai ter que ser de outro jeito"

"que jeito você prefere, my lady?"

Marinette parou para pensar. O que Sherlock faria? Procuraria pistas, certo? Era exatamente isso que ela iria fazer, a coisa mais óbvia que poderia ser.

"pistas"

"pistas? é sério? que tipo de pistas?"

"cor do seu cabelo ou dos olhos, seu jeito de se vestir, primeira letra do seu nome, sei lá Chat, qualquer coisa que possa me levar a você"

"quer tanto me conhecer, é? :)"

Ela revirou os olhos, mas não pode evitar um sorriso. Estava tudo bem sorrir com algo idiota que Chat falasse, certo? Ninguém estava vendo isso e não era algo relevante para se preocupar. Sorrir é normal.

"por que não? digo, você conseguiu meu número em algum lugar e quero descobrir como e porque, então também quero descobrir quem está por trás do Chat Noir" - ela digitou rápido, sem pensar demais no que escrevia.

"fica tranquila, vou te dar pistas de quem sou" - ele respondeu e a garota se sentiu realizada por alguns segundos.

"não acho justo você saber meu nome e mais coisas que eu não sei se você sabe e eu te chamar por um apelido já que você não quer me falar seu nome"

Marinette suspirou, tentando relaxar, e deitou em sua cama, olhando para o teto. Cantarolou a música que o anônimo colocou em sua cabeça mais cedo, e fechou os olhos, tentando achar o motivo por ter continuado naquilo.

Alya não poderia estar certa. Aquele garoto não poderia nem ser real, era apenas uma brincadeira idiota, ela tinha certeza.

Marinette decidiu parar de responder Chat por aquele dia, mesmo que seu telefone não parasse de receber notificações.

Afundou a cabeça no travesseiro, pensando na probabilidade dela ser personagem de alguma história e que era fruto de uma mente bagunçada. Ela se beliscou até não aguentar mais, e além da dor, viu seu braço formar uma mancha vermelha; ela era real.

Depois de mais uma hora, Chat mandou mais mensagens. A mestiça ignorou e abriu o Instagram, vendo uma foto que Adrien Agreste, um garoto que fazia aula com ela, postou, com uma roupa de esgrima.

- Se ele fosse o Chat Noir, seria uma piada e tanto. - ela pensou alto, então desligou o celular e fechou os olhos. - Marinette Dupain-Cheng, para de pensar no Chat!

E criando teorias que não levavam a lugar algum, a garota acabou pegando no sono.

P.s.: quando tiver esse " • " dividindo o número e o nome do personagem - que é o jeito que achei para mostrar que está no celular desse personagem, ou é na visão dele -, significa narração. entenderam?

obrigada por ler! até logo ♡

"my lady" | [AU] Texting! AdrinetteNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ