2.6 • marinette

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Chat Noir, por todo esse tempo, era Adrien Agreste. Marinette repetia isso a si mesma desde quando viu a foto no Instagram do loiro, da qual ela capturou a tela, apenas para guardar a foto.

A foto era perfeita ao olhos azulados da garota. Ele estava com um aquinho de orelhas de gato preto, rindo de algo que a mestiça estava curiosa para saber o que era, e a legenda era o nickname que a garota estava acostumada a ouvir.

A primeira coisa que ela pensou ao ver a foto, era quão fofo o garoto era; e então ela reparou; não podia ser coincidência, não com todas as coisas em comum que Agreste e o garoto que o mandava mensagens tinham.

A garota suspirou. Admitiu para si mesma ser um tanto estúpida por não ter percebido antes como o jeito de Adrien era parecido com o do ex-garoto misterioso; mesmo que tenha tido pouco tempo de conversa, era óbvio e ela se sentia tão livre com ele por perto e quando conversava com Chat.

A garota decidiu entrar na quadra, apenas para se sentir em paz por alguns segundos, e havia dito a professora que estava passando mal e a mulher lhe deu todo o tempo do mundo.

A azulada se sentou na arquibancada, com as pernas dobradas, abraçando-as logo em seguida. A única coisa que se passava na sua cabeça era quantas vezes o garoto das mensagens lhe disse que ele era o Adrien de uma forma enigmática.

E, agora, ela iria vê-lo. Cara a cara; e não tinha a mínima ideia de como agir perante isso.

- Marinette? - ouviu alguém chamar seu nome, e ela não conseguiu mexer um músculo sequer. Queria que o loiro não a achasse, mas era óbvio que ele iria. Ela ergueu o rosto quando Agreste já estava subindo a arquibancada, indo em direção a ela.

- Ch-Adrien. - ela gaguejou, tendo a incerteza de como deveria chamá-lo por alguns milésimos.

Sem dizer nada, ele a abraçou. Ela se assustou, o coração foi a mil, e logo foi acalmando-se, percebendo o quanto precisava de um abraço e o quão cheiroso ele era. Depois de alguns segundos, o loiro começou a sussurrar:

- M'lady... - ele a chamando desse jeito a fez arrepiar. - Me desculpe demorar tanto tempo. Sei que você estava ansiosa e a foto foi um banho de água fria. - ele riu baixinho, a fazendo sorrir e apertá-lo mais em seus braços, apenas para ter a certeza que não era um sonho; em resposta, ele fez a mesma coisa. - Mas, se não fosse agora, eu não saberia quando seria; se não fosse daquele jeito, não saberia como seria, e provavelmente de outro jeito você iria odiar. - ele separou dela e, corado como quem acabará de andar no sol, deu um beijo na testa da garota, e olhou em seus olhos. - Desculpa, Marin. Sei que não era o que você esperava, e espero que você me veja igual via o Chat Noir, pois ele sou eu...

- Cale a boca, Adrien Agreste. - ela disse, no impulso e ficou vermelha por ter falado desse modo. - Me desculpe por isso... Mas, lembra o que eu te disse antes? - ela passou os dedos na bochecha corada dele e pela a primeira vez conseguiu olhar nos olhos esmeralda do garoto com sinceridade. - Você sempre vai ser Chat Noir para mim.

O garoto ficou quieto por alguns segundos, apenas com o mais belo dos sorrisos no rosto, do qual a azulada acabará de descobrir que era apaixonada.

- Você sempre será minha Bugboo.

Seria o momento perfeito, a azulada pensou. Mas, não conseguiria beijar Adrien agora; não sabia o porque, mas não iria conseguir.

- Temos que voltar para a sala, Chaton. - ela disse, afastando alguns centímetros dele.

- Você me chamando de Chaton pessoalmente é a realização de um sonho.

- Você é um idiota, vamos logo. - a azulada segurou nos ombros dele, o afastando, ele ficou em pé e estendeu a mão para ela, que a pegou e o loiro a ajudou a levantar.

- Eu te levo até a sua sala, ok? - ele disse e a garota assentiu com a cabeça.

Ele continuou segurando sua mão, e ela não seria a louca de soltar. Percebeu o quão grande era a mão do loiro perto da sua, e como ela poderia fechar todos seus dedos em torno de um dedo do garoto; do mesmo jeito que ele conseguia cobrir por inteiro a pequena mão da mestiça. Ela sorriu ao perceber aquilo, pois mesmo com aquela diferença, o encaixe era perfeito.

- Como você está? - ele perguntou, assim que desceram a arquibancada.

- Com a notícia? - ela perguntou, e o viu assentir. - Bom, é um tanto estranho, sabe? Eu duvidei de você, Adrien. E você negou tantas vezes...

- Não podia dizer logo de cara... Desculpe mais uma vez. - ele olhou para ela, deixando claro seu pedido de desculpas, mostrando que era do fundo de seu coração.

- Está tudo bem, eu acho que entendo... - ela entrelaçou seus dedos nos dele, e os apertou levemente. - Por que você não disse que gostava de mim, Adrien? Digo, por que criar o Chat Noir, como se fosse outra pessoa e tudo mais?

- Apenas para você acreditar em mim e não ter a imagem dessa pessoa, que sei que você achava egocêntrica, metida e superficial. - ele disse, e deu alguns segundos antes de continuar, e Dupain-Cheng pode assimilar o que ele havia dito. - Eu sempre te achei a pessoa mais linda e preciosa do universo. O jeito que você falava com seus amigos, o jeito que trabalha na padaria atendendo todo mundo com tanto carinho e várias coisas que vi você fazendo me encantaram. - ele riu, olhando para seus pés. - É meio boiola, mas é o que eu sinto por você. Te admiro por quem você é, Marinette. E, as partes que não conheço de você, tenho certeza que já gosto delas.

A única resposta que a garota pode dar foi ficar vermelha e apertar os longos dedos do garoto nos seus. Ela não sabia o que dizer, então esperava que ele soubesse o que ela tentava dizer mas não tinha palavras para isso. Decidiu que deveria dizer algo depois de alguns passos, então, assim o fez.

- Eu não tenho o que dizer... - ela suspirou, dando um riso baixo e sem graça. - É estranho conhecer essa parte de você, e estou feliz que você tenha me mostrado isso, Adrien. Fico feliz em ter conhecido você, Chat Noir. - ela olhou para ele, e sorriu tímida. - Se Adrien Agreste é Chat Noir e vice-versa, fico feliz que seja você e que tenha mostrado para mim.

- Obrigado. - ele sorriu, e foi desacelerando, pois a sala que a garota ficaria estava perto. - Você quer sair no sábado comigo?

- Não sei se vai dar... - ela passou a mão na nuca, nervosa. Então, ele perguntou o motivo, e a mestiça sentiu seu coração se quebrar por inteiro. Ficou quieta por alguns segundos, olhando para o loiro decidindo se contaria e decidiu ser sincera. - Eu vou sair com o Luka.

- Ah... Então, você aceitou? - ele disse, sua voz mudou de tom.

- Ele é meu amigo, então... não consegui dizer não para ele, mas iremos apenas tomar um sorvete, nada demais, se você quiser, podemos sair no domingo. - ela disse, com medo do garoto negar.

- Não ficaria estranho? - o loiro perguntou.

- Acredito que não, e quero muito passar um dia com você então... - as bochechas dela estavam vermelhas e a porta de sua sala estava a, aproximadamente, seis passos. - Podemos discutir isso depois, pode ser?

- Claro que sim. Bom, te vejo depois. - ele sorriu.

O ato que veio de Marinette surpreendeu a si mesma; ficou na ponta dos pés e deu um beijo demorado em sua bochecha. Ele sorriu e continuou até sua sala, se despedindo mais uma vez.

Marinette não esperava que fosse conhecer Chat Noir quando acordou naquele dia. Quando entrou na sala, suas pernas estavam quase moles e andou até sua cadeira se concentrando em não cair, recebendo um olhar aterrorizador de Lila, do qual a garota não havia percebido.



Deve ter ficado meio paia aiai
obrigada por ler

"my lady" | [AU] Texting! AdrinetteWhere stories live. Discover now