capítulo 12

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Acordo ouvindo o som dos pássaros cantando. Me levanto indo até a janela abrindo a mesma, vendo o dia ensolarado que estava hoje, de alguma forma dias assim me deixam calma. Mas sei que nada do que eu vivo é calmo. Vou até meu armário e escolho a roupa que iria usar, coloco a mesma em cima da cama e vou para o banheiro. Termino meu banho e coloco a roupa e desço para a cozinha, vendo seokjin fazendo o café calmamente, como se não quisesse fazer barulho.

-Bom dia jin. -Me sento no banco apoiando minha cabeça em minhas mãos. Seokjin se vira me olhando com um sorriso calmo.

-Bom dia s/n, já está aí a muito tempo? -ele pergunta colocando uma massa que estava dentro de uma vasilha dentro do liquidificador.

-Não! Não faz nem muito tempo que eu acabei de chegar! -respondo tentando descobrir para o que era aquela massa.

-Hoje eu irei fazer algo que você gosta muito! -ele diz com um pequeno sorriso nos lábios.

-Oh! Sério? E o que seria? -pergunto curiosa. Fazendo assim um pequeno biquinho se forma em meus lábios.

-Irei fazer panquecas! -ele responde. De alguma forma isso faz lembranças de quando eu morava com meus pais se fazerem presente em minha cabeça

                    ••Flashback on••

-Mamãe suas panquecas são as melhores! -digo com um grande sorriso. A mais velha me olhava com ternura.

-Você ama muito panquecas não é minha pequena flor? -ela pergunta fazendo carinho em meus cabelos.

-Amo muito... Mas não mais do que eu amo a senhora! -dizendo isso,ouço a risada doce dela. A mesma aperta minhas bochechas, fazendo um biquinho se formar em meus lábios.

Ela solta minha bochechas voltando a tomar café. Sinto a presença de meu pai fazendo com que meu sorriso sumisse

-Por que essa alegria toda logo de manhã?! -ele pergunta se sentando em frente a minha mãe, sério como sempre.

-É que a mamãe fez panquecas hoje, p-pai! -digo a última palavra baixa.

-Tsc...você fica alegre com poucas coisas! -Ele diz colocando café na xícara.

-Sabe meu amor, eu estava pensando em algo esses dias. Mas só agora tive coragem de conversar isso com você, eu estava pensando, que tal darmos um irmãozinho para s/n? -ela diz alegre. Meu pai parou de tomar o café e olhou sério para ela.

-Você está fazendo algum tipo de piada? -meu pai pergunta como se aquilo que minha mãe falou fosse uma brincadeira.

-Não! Eu pensei que s/n poderia gostar, a mesma fica tão sozinha nessa casa que eu achei que...-minha mãe foi interrompida, meu pai bateu a mão na mesa fazendo nós duas nos assustar.

-Acha mesmo que eu vou correr o risco de você ter outra menina, e ser motivo de piada para os homens da máfia?! Quem me garante que esse filho será homem? Tire essa ideia da cabeça, não conseguiu na primeira gravidez gerar um filho homem, na segunda não será diferente! -ele diz se levantando para sair da cozinha.

-Será que não pode me tratar com respeito uma vez na vida? Você acha que eu não vi ontem a noite você chegar no carro de uma mulher?! Eu também deveria te trair? Porque motivos não me faltam, o principal deles é que nem homem de verdade consegue ser, se é que você é homem. -ela termina de falar recebendo um tapa de meu pai, fazendo ela se desequilíbrar e cair no chão. Meu pai se aproxima dela e segura o queixo da mesma, fazendo ela olhar para ele.

-por que você não vai cuidar desse lixo que você chama de filha e me deixa em paz?! E por favor cala a boca, pois mal começou o dia e sua voz já está me enjoando. -ele diz e larga o rosto dela brutalmente e sai da cozinha.

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