Young and the Restless - Jovens e Inquietos

Capítulo 8

Micael saiu de mim, deitou ao meu lado, ofegante. Eu estava irritada por estar suada e cansada, me senti suja.

— E então? Como você tá? — Retirou a camisinha, fazendo um nó e levantando rapidamente.

— Bem. Não é? — Eu não estava respondendo nada com nada.

Sintomas do orgasmo. Tinha lido isso em um livro erótico da minha mãe.

— Soph, venha até aqui, por favor. — Micael me chamou, estava dentro do closet.

Estranhei. Caminhei lentamente, ainda com dores. Foi um obstáculo tremendo andar até lá.

— Algum problema? — Me escorei, eu não conseguia ficar de pé.

— Tome isso. — Me entregou uma pílula do dia seguinte.

Por que?

— Você não usou camisinha? — Gelei.

— Eu usei mas sempre gosto de dar a pílula, precaução. — Gostei.

Micael era muito, muito, muito precavido. No fundo, ele também tinha medo de fazer um herdeiro aos dezoito anos de idade.

— Você toma anticoncepcional? — Coçou a nuca. — Pra regular a menstruação.

— Não, eu não tomo. — Mas deveria tomar.

— Procure um médico agora, precisa passar em alguma ginecologista. — Me avisou.

Eu nunca imaginaria isso dele.

— Não se assuste com o sangue na perna, você sangrou bem, é normal. — Me tranquilizou.

E eu nem sabia disso.

Encarei minhas pernas com uma gotícula de sangue escorrendo, eu tinha que voltar ao meu corpo, rápido. Não estava reagindo direito.

— Vou buscar água pra você. Tome um banho! — Beijou meus lábios e saiu do closet.

Eu estava nua, dentro do closet de Micael, com uma pílula do dia seguinte nas mãos.

Onde acordo desse sonho?

Sai do local, andando lentamente, reclamando de dor. Eu odiava sentir dor, e estava latejando pra caramba! Me escorei na cama antes de tentar sentar, quando Micael apareceu. Tinha um copo de água nas mãos.

— Desculpa. — Me entregou.

— Eu supero. — Tomei o comprimido. — Só preciso... Descansar. Preciso de um banho. — Me queixei.

— Vem cá. — Me teve em seus braços, me levando até a suíte.

Me colocou dentro da banheira, abriu as torneiras específicas e a água começou a encher, minhas pernas relaxaram.

— Vou te deixar sozinha. Se precisar, é só me chamar. — Sorriu, saiu da suíte me deixando na enorme banheira.

De princípio não foi tão ruim, eu me sentia esquisita. Me sentia estranha.

Mas sentia falta, sentia a falta dele me prensando, me passando transparência e tranquilidade. Acredito que se fosse outro Micael... Eu estaria jogada na cama, ainda nua, morrendo de dor. E ele não me daria conselhos em procurar um ginecologista.

Terminei de tomar o meu banho, após uns trinta minutos, eu precisava pensar no que havia feito.

Procurei uma toalha e me enrolei, indo até o quarto. Vasculhei minha mochila na procura do meu pijama, eu estava sem saco para vesti-lo. Coloquei minha calcinha de renda e minha blusa do pijama, de alcinha, sem sutiã.