Young and the Restless - Jovens e Inquietos

Capítulo 74

— Nosso trabalho tá ficando incrível. — Mel anunciou enquanto pesquisava algumas imagens. — Você tem potencial, Borges.

— Tá me chamando de burro? — Ela gargalhou novamente.

— Só a cara. — Terminou de rir. — Pronto! Agora é só colocar as partes que você vai escrever, depois a gente manda por e-mail.

— Falta mais algumas coisas, esse trabalho tá muito fácil! — Fechou o caderno. — Eu vou ir nessa.

— Mas já? Nem anoiteceu ainda.

— Eu tenho namorada, esqueceu?

Estava sem graça perto de Mel.

— Como não esquecer. — Sorriu. — A gente se vê amanhã?

— Sim. — Ele assentiu, juntando suas coisas. — Abre lá pra mim? — Foi a vez dela assentir, Micael lhe seguiu, com sua mochila atrás das costas. — Adorei sua casa.

— Se você ficasse eu te mostraria mais coisa. — Sorriu. — Mas você tem hora, precisa cuidar da sua namorada.

— Eu preciso sim. — Suspirou, cansado. — Até amanhã!

— Até! — Viu Micael entrar na Mercedes-Benz e partir até o seu apartamento.

Ele estava extasiado, em termos. Um pouco desconfortável por Mel dar em cima dele, o tempo todo. Precisava parar! Gostava da companhia da morena mas precisava pará-la.

Estacionou o veículo na garagem subterrânea e saiu, entrando no elevador. Procurou a chave do apartamento, parando em frente à porta.

— Rayana? — A chamou.

— Demorou, hein. — Apareceu na sala, estava um pouco melhor. — Como foi o trabalho?

— Uma chatice! Tem muita coisa pra montar ainda. — Sentou-se no sofá.

— Ligaram pra você. — Avisou. — Da clínica da sua irmã. — Micael franziu a sobrancelha.

— Quem era?

— Ela não disse o nome, só mandou você retornar. — Deu de ombros, ligando a televisão.

Micael estranhou! Pegou seu IPhone, se trancando em seu quarto. Discou o número da clínica esperando que alguém lhe atendesse.

— Hospital Handmailes, boa tarde! — A voz da atendente ecoou.

— Boa tarde, eu sou Micael Borges... É... Vocês me ligaram? — Franziu o cenho.

— Só um minuto! Eu vou passar a sua ligação. — Um bipe ecoou alto no ouvido de Micael que sentiu uma pequena dor de cabeça, afastando o telefone da orelha.

Esperou por alguns segundos até outra voz aparecer, outra voz feminina.

— Micael, tudo bem? É a Maitê, da clínica. Precisava falar com você!

— Olá, Maitê. — Estranhou. — Aconteceu alguma coisa?

— Na verdade é sobre uma visita que tivemos. — A mulher que me levou até o quarto de Lidiane contava tudo à Micael, explicando detalhe por detalhe. — Sophia Abrahão, você conhece?

Micael desfaleceu por cinco segundos, engoliu seco e suou frio. Eu sabia de tudo e ele não poderia mais me esconder.

— O que ela estava fazendo aí?