Capítulo 116

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— Isso é palhaçada, mãe! — Rayana colocava a mesa do almoço com sua mãe. — O papai querer fazer uma festa beneficente, sério?

— Deixe seu pai fazer, qual é o problema? — Encarou a filha.

O problema era que a mãe de Rayana não sabia da metade dos problemas, achou que essa festa beneficente fosse realmente uma festa beneficente.

— Eu não falo mais nada. — Sentou-se em seu lugar.

— Quem não fala mais nada? — Peixotto apareceu, estava muito contente com seus planos. Aliviar a pele faria bem à ele.

— Sua filha! Ela acha uma péssima ideia você fazer a festa beneficente. — Sua mãe sentou-se em seu lugar, acompanhada do marido.

— Rayana não sabe da metade das coisas. Ela irá adorar! Aposto que vai usar o seu melhor vestido.

— Eu não vou usar nada.

— Vai ir sem roupa? — A mãe riu, seguida de Peixotto. — Ah, Rayana! Pare com isso, é só uma festa.

— Eu não quero ir nessa festa. — Encarava o pai com raiva.

— Onde está Micael? — Peixotto bebeu seu suco.

— Na faculdade. — Mexeu em seu prato. — A casa dele agora é lá.

— Chame a mãe de Micael também, quem sabe ela não gostaria de... Sair um pouco. — Peixotto optou.

Ele queria público!

— Você vai chamar a Kátia também?

— Mas é claro que sim! Kátia e o marido são bem vindos em todas as reuniões, não posso desfazê-los desse jeito.

— Que bom! Assim a festa vai ter um pouco de emoção. — Rayana debochou enquanto lhe servia um suco. — As duas lésbicas no mesmo lugar.

— RAYANA! — Sua mãe lhe repreendeu. — Modos na mesa, por favor.

— A última coisa que essa menina tem são modos. — Peixotto bufou. — Eu não aguento mais essa sua frescura de menininha mimada. Quando você vai crescer?

— Quando tudo estiver resolvido.

— E o que seria resolvido pra você, Rayana? — O pai quis saber, cruzou as mãos esperando uma resposta.

— Eu quero sair dessa casa, desse mundinho de vocês. Eu quero viver! Eu e...

— Micael, já sei. — Respondeu. — Acontece que você não vai sair dessa casa tão cedo. Micael não vai casar com você, não agora.

— E se eu arrumar um jeito? — Rebateu com o pai.

— O que? Vai engravidar pra poder sair de casa? — Debochou. — Espero menos de você.

— Se por possível...

— SE FOR POSSÍVEL O CACETE! — Peixotto gritou. — Eu não te criei pra você ficar fazendo isso, quando você estiver crescida o suficiente pode fazer o que quiser.

— Ele tem condições.

— AQUELE MOLEQUE NÃO QUER NADA COM VOCÊ! — Soltou.

Todos ficaram olhando e em silêncio.

— Como é que é? — Rayana franziu o cenho.

— Você sufoca ele demais, Rayana! Dá pra ver no olhar dele, você chantageia ele de todos os jeitos... Muda esse teu repertório inútil.

Young and the Restless - Jovens e Inquietos Onde histórias criam vida. Descubra agora