Capítulo 9: Corrente de Andrômeda

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Shura de Capricórnio não esperava que Shun de Andrômeda se voluntariasse para o desafio de batalha, aquilo chamou sua atenção.

Jabú estava sorridente, embora ninguém vencesse aquele desafio deste o Ikki, ele estava feliz só por poder dar uma surra no Shun. "Vou dar uma surra de piroca na cara desse florzinha que ele nunca mais vai esquecer". Ele escolheu sua arma, uma espada.

Shun encarou o enorme arsenal, poderia escolher entre vários tipos de espadas, bastões, escudos, lanças... "Eu só sou bom em dança com fita". Sua única especialidade seria inútil em batalha.

—Esta demorando de mais para escolher sua arma, Andrômeda. Mais dez segundos se não deixo o Jabú te atacar —Avisou Shura.

Shun continuou nervoso à procura de uma arma que conseguisse usar. Avistou um chicote, talvez funcionasse.

—Pode atacar, Unicórnio!

—Com prazer!

Jabú partiu na direção dele. Shun estava de costas, esticou a mão para pegar o chicote quando a frase de Marin lhe veio em mente: "Realmente dança com fita não ajuda a usar nenhuma das armas convencionais. No entanto ninguém é obrigado a usar aquelas armas, olhe para seu redor ou para si mesmo e encontre sua arma, se você realmente precisar de uma".

—Sou eu quem decido minha própria arma, independente da que a escola me oferece.

Jabú gritou brandido a espada. Shun olhou para baixo, em volta do arsenal tinha cones unidos por correntes de proteção. No último instante ele agarrou as correntes e se virou parando o avanço da lâmina.

Todos se surpreenderam com sua escolha, até ele mesmo, os braços de Jabú tremiam impondo força, Shun segurava uma pequena porção da corrente em frente de seu rosto detendo o ataque do inimigo. Algo dentro dele ascendeu, aquela era sua arma.

Ele deslizou uma das mãos sobre a corrente e girou, ela dançou golpeando Jabú no tórax com tanta força que o arremessou no meio do círculo. Jabú se levanta furioso, massageia o corpo dolorido e brande a espada.

—Você vai pagar por isso.

Jabú atacou novamente, Shun bolou no chão desviando, contra-atacou com a corrente desarmando o outro, girou amarrando o pé dele e girou novamente puxando-o com toda força o arremessando contra a plateia.

Por um tempo todos ficaram calados, então Seiya e Marin quebraram o silêncio gritando felicitações. Shun sorriu de orelha a orelha.

—É como dançar com fitas! Só que uma versão mais pesada e poderosa!

—Mais dois! —Mandou Shura com um olhar super interessado.

Parece lei todo garoto gostar de espada, Shun desarmou um deles facilmente, o segundo conseguiu ir por trás dele, ele sentiu, mas não conseguiria se mover rápido o bastante, foi então que a corrente se moveu acertando o atacante tão forte que o arremessou nas arquibancadas.

—Você viu isso? —Seiya perguntou surpreso à Marin.

—Que o Shun esta arrasando?

—Por um segundo pensei ter visto... Uma luz, não sei, era rosa, acho que caiu um cisco no meu olho.

Marin encarou Seiya com atenção e sorriu. Ela estava certa, os dois tinham grande potencial. Pégaso tinha visto um dos segredos do Internato do Zodíaco, embora ainda nem sonhasse com o que realmente era.

Shun derrotou outro garoto e foi indicado que entrassem mais quatro. Ele estava eufórico, até agora as pessoas costumavam perder nessa parte, enfrentar quatro de uma vez era muito difícil. Dessa vez eles variaram as armas, um pegou uma lança, outros dois escolherão bastões o mais astuto deles pegou uma rede.

—Shun, se liga no cara da rede! —Gritou Seiya.

"Se eu conseguir posso rever meu irmão! Mais do que isso, posso vê-lo todos os dias! Eu vou vencer!". Esses pensamentos o distraíram, e foi justamente a rede que o derrubou. Quanto mais ele tentava se libertar, mais enrolado ficava. Os outros três garotos avançaram. "Eu não vou perder!".

As correntes giraram em espiral cortando a rede em pedaços. Os giros foram tão intensos que a lança e os bastões ricochetearam. Shun gritou girando e a corrente fez um círculo arremessando os quatro garotos.

—Isso não é justo! Ele não era de nada! —Gritou Jabú —Eu vou quebrar essas correntes! —Jabú gritou partindo furioso pra cima do Shun.

—Isso não é justo! Ele já foi derrotado —Gritou Seiya. Shura estava com uma cara séria, ele ignorou o Seiya e disse:

—Dezesseis, agora! —Ele pulou a fase dos oito e mandou logo os dezesseis, na verdade dezessete com Jabú.

Shun viu aquela multidão correndo em sua direção, seria impossível vencer. Mas o Ikki sempre fazia o impossível, seu irmão sempre surpreendia à todos com sua personalidade explosiva.

—Eu não vou desistir dessa vez! Ikkiiiiii! —Shun sentiu uma explosão dentro de si. Seiya pôde ver claramente uma aura cor de rosa cobrindo o corpo e as correntes de seu amigo —CORRENTE DE ANDRÔMEDA!

A corrente parecia ter triplicado de tamanho, todos os dezessete atacantes foram ao chão pelo ataque do "delicado" garoto. Shun ficou parado sem acreditar no que tinha feito, ele, o medroso, o covarde, tinha derrotado todas aquelas pessoas.

—Cavaleiros, saúdem seu companheiro —Disse Shura sorrindo —O novo cavaleiro de bronze, Shun de Andrômeda!

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