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Não me perguntem porquê, porque nem eu sei como vim aqui parar.

Ao aeroporto.

Íamos para Portugal, curiosamente nunca lá estive mas Harry disse muito bem do país.

Costumava passar as férias de verão no Algarve, se não me engano e tem duas primas em Lisboa se não estou em erro.

Mark, Steven, Paul e Richard ((a/n: sao os seguranças)) acompanhavam-nos cobrindo-nos a todo o tempo com os seus ombros largos. Era sufocante.

Harry já estava doido devido ao facto do seu jacto privado ter tido uma avaria impedindo-nos de voar. Ele estava a ter um ataque por não poder estar mais à vontade comigo.

"Quando é que o avião descola?" Perguntei impaciente.

"Não sei, mas já estamos aqui há um bom tempo. Paul, quando é que o avião descola?" Repetiu Harry voltando-se para trás.

"Às seis e quarenta e dois, senhor."

As hospedeiras andavam de um lado para o outro empinando o rabo dando acesso a uma vista periférica do mesmo.

Rolei os olhos ao uma loira de olhos altamente azuis e lábios exageradamente vermelhos inclinar-se sobre Harry exibindo os seus peitos obviamente falsos.

"Necessita de alguma coisa Sr. Styles?" Não é só o facto de estarmos na primeira classe para elas serem assim tão simpáticas, eu sei muito bem que a educação delas quer conduzir a outra intenção. O movimento constante das suas grandes pestanas tornava-se cada vez mais irritante e quero lá saber se sou mulher, tenho todo o direito de lhe espetar um soco na cara.

Ouviu-se o som dos motores e as mãos dele tremelicaram.

"Não. Só um c-copo de água, por favor."

Harry gaguejou, estava a tremer e a suar. Eu acho que ele estava com medo.

"Está tudo bem?" Sobrepus a minha mão na dele.

"S-sim. Eu só não me dou m-muito bem com transportes aéreos." Murmurou agarrando a cadeira.

"Tens medo de andar de avião, Harry?" Franzi o sobreolho.

"Eu viajo muito, mas nunca gostei sinceramente." Disse tentando sorrir embora estivesse a morrer por dentro. "O a-ar costuma-me f-faltar na descolagem." Informou.

"Não te preocupes. Eu estou aqui. " Confortei-o.

Olhou para mim e sorriu.

Encostei-me ao seu ombro e tentei adormecê-lo massajando o seu cabelo. Ele sempre gostou que o fizesse.

(...)

Senti um toque no ombro e eu ignorei aprofundando-me na almofada de merda que a companhia nos oferecia.

"Vá lá, Lia, só passou meia hora e preciso de te mostrar uma coisa."

Sorri para mim mesma e levantei-me.

Seguimos por um corredor até uma espécie de uma mini cabine, e percebi as suas intenções.

"Eu sei o que estás a pensar. E não é isso. Por muito que queira não é." Disse sem virar costas.

Porra, eu amo-o.

Prosseguimos por umas escadas muito mas muito estranhas, sinceramente pensei que jamais estas existiriam num avião. Apercebi-me que haveria de ser impossível de estar lá a cabine do piloto pois eu bem vi que ao entrarmos, eles estão na ponta direita do avião e ambos estamos claramente a subir umas escadas no meio do avião.

Boss || h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora