Capítulo 13

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Eu corria de um lado para o outro, finalmente o dia em que traria minha família para morar comigo havia chegado. Shion, Sakura e eu nos desdobrávamos para organizar a reunião de boas-vindas, enquanto Naruto foi até a rodoviária buscá-los. Aliás, já deveriam estar chegando.

Nesses últimos meses bastante coisa aconteceu, eu assumi o cargo que era do Naruto. Ele abriu uma cafeteria, que estava indo muito bem, por sinal. E, para completar, eu comecei a faculdade de comércio exterior. Inclusive, estava empolgada para, quem sabe, em breve mudar de área profissionalmente. Por falar nisso, quando contei a Naruto que faria faculdade ele ficou exultante, garantiu que me ajudaria em tudo o que fosse possível. O que me deixou ainda mais boba com relação a ele. Ter Naruto comigo era garantia de apoio incondicional, não importava qual fosse a situação. Éramos muito companheiros, o que tornava nosso relacionamento sólido e feliz. E eu o amava. Sim, não demorou muito para eu constatar isso. Era impossível não amá-lo. Meu sentimento por ele foi crescendo exponencial e indelevelmente, sem que eu quisesse ou conseguisse brecá-lo. Eu só quero sentir, nada pode me fazer mudar de ideia agora.

— Hina, acho que está tudo pronto, agora é só esperar a mensagem do Naruto. — Sakura anunciou e se jogou na poltrona da minha sala.

— Conseguimos! — Shion a imitou e se aboletou ao lado da Saky, no maior sofá do meu apartamento.

Que já não era o mesmo de antes, aproveitei o salário melhor e, como seríamos finalmente uma família sob o mesmo teto, me mudei para o andar de baixo. Ocupando um apartamento bem maior e arejado, assim ficaríamos mais confortáveis e Hanabi poderia ter a liberdade de trazer amizades para cá. Sem que papai ficasse incomodado. Ou até eu mesma, quando trouxesse Naruto. Estava tudo indo tão bem para mim, que eu ficava com um pé atrás às vezes. Sabem como é, mas eu fazia o possível para aproveitar a felicidade.

Naruto também estava feliz, se dando melhor com Shion, que andava até normal desde que assumimos o namoro. Ela tornou-se uma grande amiga e por isso minha lista de pessoas favoritas no mundo aumentou um pouco. Eu fiquei com medo de que Sakura e Shion se estranhassem no começo, porque ambas eram meio cabeça dura e hiperativas. Porém, viramos uma espécie de tripé, enquanto Naruto precisa me dividir com as duas. Na real, ele acha graça do jeito que nossa amizade se fortaleceu. Passando dos pedidos de adoçante quando eu menos esperava, para confissões pessoais. Fora isso, Naruto também tentava administrar a cafeteria que era uma graça, super aconchegante e de bom gosto. Mas, sem deixar de cuidar de mim, isso era o que eu mais amava nele. Naruto tornou-se quase como meu porto seguro, aquele que eu podia voltar, não importava o que acontecesse. Naruto era meu lar.

Meu celular vibrou, era ele.

— Estão chegando! — gritei, escondendo-me com as meninas e apagando as luzes.

Quando a porta foi aberta, nós gritamos surpresa tão alto, que meu pai deu um passo para trás com a mão no coração e eu me desesperei.

— Papai... — sussurrei e fui ao seu encontro, temendo ter feito uma grande merda.

— Minha filha, quase me matou do coração! — exclamou, rindo.

— O senhor está bem? — questionei, livida.

— Tô ótimo, coelhinha — garantiu, me abraçando apertado e me dando um beijo estalado na bochecha. — Não será uma surpresa de boas-vindas que me levará dessa para a melhor. — brincou e todos nós suspiramos aliviados.

Passei os olhos ao redor, todos jaziam apreensivos. Somente quando papai descontraiu e começamos as apresentações que o clima passou a ficar caloroso e animado. Abracei minha irmã, cheia de saudades, apresentei Shion à ela e papai — pois Sakura já era conhecida — por fim, quando meu pai e minha irmã conversavam com Sakura e Shion, eu pude puxar Naruto para o canto da sala. Recebendo um olhar brincalhão da Hana em resposta. Eu contava tudo à ela, não guardávamos segredos uma da outra. Portanto, minha irmã sabia o quanto eu estava feliz e irrevogavelmente apaixonada.

— Seu Hiashi, o senhor está ótimo! — ouvi Sakura falar.

— Verdade, ouvi muito a respeito do senhor, estava ansiosa para conhecê-lo. — Shion completou, sincera e animada.

Achei graça das duas tentando paparicar meu pai e me virei para Naruto, que ostentava seu perfeito sorriso de risquinhos. Ele tirou a mão direita de trás das costas e me ofereceu um copo de cappuccino quentinho, eu jurava que era com um pouco de chantily, do jeito que eu gostava.

— Para a garota mais linda e adorável do mundo. — eu sorri, pegando o copo e dando um beijo de leve em seus lábios.

— Obrigada por sempre cuidar de mim. — respondi e, após colocar o café na mesinha de lado, enlacei seu pescoço.

— Estou feliz que sua família está aqui, sei como é importante pra você. — Naruto envolveu minha cintura e eu assenti, satisfeita.

— Eu te amo, sabia? — declarei pela primeira vez, pegando Naruto completamente de surpresa, tanto que ele abriu a boca duas vezes, antes de conseguir falar — Ei, não precisa ficar assustado! — fiquei um tanto constrangida, por algo tão intenso ter escapado da minha boca de forma tão espontânea.

— Você tem noção do quanto eu queria ouvir isso? — perguntou retoricamente. — Nesse tempo que estamos juntos, eu voltei a ser quem eu era, Hina. Até a Shion está menos teimosa, ela gosta muito de você... — fez uma pausa, puxando o ar, antes de dizer — E eu te amo.

Eu sorri, me aconchegando a Naruto, que me abraçou com carinho. Foi quando ouvimos uma batida na porta e Sakura me lançou um olhar pidão, que eu entendi perfeitamente, era o novo namorado dela, certeza. O lance parecia ser sério agora, já tinha dois meses que eles estavam juntos e minha amiga sentia-se tranquila com alguém pela primeira vez na vida.

Balancei a cabeça em concordância e ela correu para abrir a porta.

— Acho que teremos uma adição à nossa reunião de família. — brinquei e Naruto sorriu.

— Esse novo namorado da Sakura parece ser um cara bacana, acho que agora vai. — gracejou e eu lhe dei um soquinho leve no braço.

— Estou torcendo por ela. — afirmei — Sakura é como uma irmã pra mim, não gosto quando machucam o coração dela.

— Agora que ela parou de te empurrar pretendentes, acho que estamos nos dando bem.

Eu ri.

Havia contado a ele que Saky sempre passava meu número de telefone para algum amigo, que ela julgava ser bom o suficiente pra mim.

— Águas passadas.

— Sei, o Kiba te ligava até algumas semanas atrás. — fez um bico adorável, que eu achei fofo.

— Está com ciumes? — provoquei.

— Não tenho porque ter ciumes, a garota mais incrível do mundo é minha. — Naruto inclinou-se em minha direção, mas quando iria me dar um beijo nos lábios, ouvimos a voz da Hana:

— Ei, casal, sei que estão apaixonados e tal, mas está na hora de animar isso aqui.

— Tem razão, Hana. — concordei, constrangida por termos sido flagrados em nossa bolha de amor. — Vamos colocar uma música pra tocar.

Observei quando Sasuke cumprimentou meu pai, Shion e minha irmã, antes de abrir um sorriso na minha direção. Como quem dizia, obrigado por me deixar estar presente. Devolvi o sorriso, vislumbrando Sasuke enlaçar a cintura da Sakura e Naruto ir até o pequeno grupo reunido, não antes de me mandar um beijo de longe.

Era isso, finalmente consegui, ou pelo menos estava chegando lá. Sentia-me feliz, esperançosa. Pela primeira vez em muito tempo, eu tinha certeza de que conseguiria dar conta da minha vida. Que tudo daria certo, ou pelo menos que eu era capaz de enfrentar os obstáculos que possivelmente surgiriam.

Olhando para Naruto, minha família e meus amigos, todos ali, comigo. Eu pude perceber que a vida às vezes batia, mas de vez em quando ela também tinha o dom de acariciar.

FIM.

Olá, esse é um conto original que eu resolvi adaptar para Naruhina, um dos meus otps. Personagens principais e enredo foram levemente inspirados em Dante e Luna de no mundo da Luna da Carina Rissi e na parte que o Dante vai morar no apê da irmã, enfim, um dos meus livros favoritos.

Espero que tenham gostado, foi uma fanfic despretensiosa e simples, apenas para trazer algo concluído a vocês <3

Quando o amor aconteceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora