𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢ

10 ∣❁∣ I accept

Gabriela Alarcon point of views🦋
↳ USA, Los Angeles. – 2018, 20h15. ↲

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Se tem uma coisa que eu não suporto, é me sentir observada. Odeio quando as pessoas me olham por muito tempo, fico nervosa e sem graça. Além de me fazer executar qualquer tarefa simples, de modo errado.

— A comida tá ruim? – questionei Spooky, arqueando a sobrancelha direita

Eu havia feito tacos mexicanos, de camarão e obviamente, ofereci à Spooky. Ele aceitou, mas agora que sentamos para comer, ele não para de me encarar, como se estivesse tentando enxergar minha alma.

— Não. Tá bom, só faltou cebola. – Oscar deu de ombros, comendo mais um pedaço de seu taco

— Não gosto de cebolas. – expliquei, exibindo uma expressão de nojo

— Cesar também não gosta. Mas, é o que dá gosto a comida. Vocês são dois mimados. – Spooky negou com a cabeça, rindo

— Cebola é horrível. E o que você entende sobre cozinha e sobre eu ser mimada? – desdenhei

— Já provou chalota?E pra sua informação, eu quase virei chef de cozinha. – Oscar me lançou um olhar convencido, cheio de marra

— O que é chalota? – perguntei, curiosa

— A inteligente aqui deveria ser você. Chalota é um tipo de cebola, uma variedade botânica da espécie Alluim cepa. – Spooky explicou, apoiando os cotovelos na mesa e se inclinando para frente. Sorri, surpresa com aquele lado que ele estava mostrando

— Quem é você? – brinquei, o fazendo rir também

— Fui campeão de soletração no 8° e 9° ano, chica. – Spooky piscou para mim

— E não foi fazer faculdade e ter uma vida diferente por que? – acabei perguntando, dessa vez em um tom mais baixo, praticamente pisando em ovos para não utilizar as palavras erradas

— Tinha que cuidar do Cesar. – Oscar deu de ombros, dessa vez mais sério, relaxando contra a cadeira

— Ele sempre disse que a mãe de vocês estava presente... – deixei a frase no ar, o encarando, querendo saber mais sobre sua vida

— Então fiz meu trabalho direito. Nossa mãe não estava sempre aqui e quando estava, não estava realmente aqui. – ele deu de ombros, soltando um longo suspiro

Então a mãe deles era viciada em drogas. E Cesar não sabia disso.

— Eu tinha planos de entrar na escola preparatória e fazer gastronomia. – Spooky riu, dessa vez com sarcasmo

— Eu nunca te imaginaria chef de cozinha. – acabei sorrindo quando a imagem se projetou em minha mente

— Tá rindo, mas podia ter sido verdade. – Oscar apontou o dedo em riste em minha direção, divertido

— Seria legal. Quero dizer, ainda pode ser. Nunca é tarde para realizar seus sonhos. – o encarei, sem desviar o olhar, mas senti o peso de minhas palavras e seu olhar quase esperançoso, então desviei o olhar, voltando a comer

— E você?Quer fazer faculdade de que? – após algum tempo, ele indagou, mudando de assunto

— Não sei. Enfermagem me parece uma boa.

— Maneiro. Você tem cara de enfermeira, aquelas bem gostosas. – Spooky riu, esbanjando um sorriso malicioso, quase diabólico

Revirei os olhos, mas acabei rindo. Percebi que ele já havia acabado de comer e então levantei, para lavar e guardar as coisas. Lavei a louça rapidamente, limpei a cozinha e a mesa. Talvez, eu disse talvez, eu tenha uma leve mania de limpeza.

— Vim saber a tua resposta. – Spooky me prensou contra a mesa, quando eu fui passar um pano na mesma

— Eu...eu não sei. – suspirei, largando o pano

Então era por isso que ele veio até aqui.

Estávamos muito próximos, devido á isso, nos encaramos fixamente. Até que em um ato rápido, ele me puxou para um beijo. Spooky me ergueu, me colocando em cima da mesa, continuando com os beijos. Aquilo era tão bom. Ele fazia tão bem.

Tirei o cropped de malha, preto e o short do mesmo tecido, que eu usava, com a ajuda de Oscar. Este que, diferente da nossa primeira vez, não fez questão de ser paciente. Eu também não estava com paciência. Em poucos minutos, eu já estava nua e Spooky apenas com o short aberto.

Eu estava deitada sob a mesa e Oscar iria me penetrar. Quando ele fez aquilo, mordi os lábios e nos encaramos fixamente, sem desviar o olhar, enquanto meu corpo era movido para cima e para baixo, devido ao impulso de suas investidas para dentro de mim.

Ok...aquilo havia sido estranho.

— Agora você já sabe a resposta? – Spooky intensificou os movimentos, levando a mão esquerda ao meu pescoço, colocando pressão ali

— Sim....Eu..eu aceito. – fechei os olhos, já nem raciocinando direito

A verdade era que transar com Spooky, parecia ser viciante. Ele estava me deixando viciada, completamente viciada. E era óbvio que nada disso daria certo.

Não precisava ser nenhuma gênia para saber que nada daquilo daria certo.

Mas, quem liga!?Nós não vamos nos envolver, apenas ter sexo sem compromisso.