19 ∣❁∣ Heartbroken

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Gabriela Alarcon point of views🦋
USA, Los Angeles. – 2018, 21h10.

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Passei a mão na testa, soltando um longo suspiro, aliviada por ver meu guarda roupas totalmente organizado e limpo, assim como o resto da casa. Embora eu seja obcecada por limpeza, o motivo para essa limpeza geral é a chegada de minha mãe. Queria ter a casa completamente limpa, para que ela não reclamasse tanto – não que ela não vá arranjar algum motivo para reclamar –, mas, prefiro que seja por pouca coisa, para diminuir o tempo que terei que ouvir as lições de moral.

Meu celular começou a vibrar, em cima da mesa de cabeceira. O peguei e vi que era uma ligação do Cesar. Atendi, colocando no viva voz, enquanto me deitava na cama.

 Atendi, colocando no viva voz, enquanto me deitava na cama

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— Tá rolando uma festa aqui em casa. Vem pra cá. Monse, Ruby, Jamal e Jasmine já estão chegando.

Não sei não, homie. Acabei de arrumar a casa e foi tão cansativo.

— Para de ser preguiçosa. Vem logo, estou te esperando.

— Cesar, não...

A linha ficou muda e encarei o celular, incrédula

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A linha ficou muda e encarei o celular, incrédula. Ele desligou na minha cara!Idiota...

Rolei para o outro lado da cama, morrendo de preguiça. Verifiquei o horário, calculando quanto tempo teria para me arrumar. Não teria muito, se quisesse chegar cedo, portanto, levantei. Mesmo querendo ficar em casa, eu sabia que não podia argumentar contra o Diaz mais novo. Era capaz dele vir me buscar aqui e me levar arrastada pelos cabelos.

E bem, eu não podia negar que seria bom para ver o Oscar. Não podia negar o quanto incendiávamos qualquer lugar, juntos.

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Só a entrada da casa de Cesar já estava lotada e eu nem queria imaginar como estava lá dentro. Toda aquela multidão dançando, bebendo e falando alto...era melhor ter ficado em casa e algo me dizia que realmente era melhor.

— GABI!

Olhei em volta, procurando instintivamente pela voz que havia me gritado. Localizei Jamal, acenando freneticamente para mim. Fui até ele e encontrei o resto do pessoal, na garagem da casa.

— Eu devia bater em você por me obrigar a sair de casa, cabrón. – ameacei Cesar, fazendo um toque com o mesmo

— Deveria me agradecer por ser um amigo tão maravilhoso e ter te tirado de casa. – Cesar apontou o dedo em riste em minha direção, com uma garrafa de cerveja na mão

— Você não vai acreditar quem tá aqui. – Jasmine segurou meus ombros, fazendo-me encara-lá. —  A Angelina tá aqui. E eu vi que ela tava lá dentro, bem próxima do Spooky.

— Eles não estavam realmente juntos. – Ruby deu de ombros, rindo sem graça

Tentei não demonstrar o quanto aquilo havia me afetado, portanto, apenas dei de ombros, fingindo indiferença e avisei à eles que iria pegar uma bebida. Me dirigi até a cozinha, com dificuldade por conta da quantidade de pessoas ocupando o espaço. Quando cheguei até o cômodo, parei na entrada, olhando o corredor.

Involuntariamente, caminhei até a última porta do corredor, justamente o quarto do Oscar. No momento em que percebi, minha mão já estava na maçaneta e eu já estava abrindo a porta. Era como se meu instinto estivesse me guiando para lá. Ou meu subconsciente só estava tentando se convencer de que Spooky estava sozinho.

Paralisei com a cena vi. Spooky estava sentado na cama e Angelina dançava para ele. Do mesmo jeito que eu já havia feito, com a mesma luz vermelha. Era tudo igual. Absolutamente tudo igual.

A cena se repetia em minha mente, sem parar.

Quando eles me viram, fechei a porta imediatamente e saí dali. Passei pelas pessoas, atropelando as mesmas, mas, não conseguia ouvir direito a voz deles, tudo saia como um zumbido. Minha visão também estava distorcida.

Assim que cheguei na frente da casa, me joguei na grama, tentando controlar a minha respiração, batimentos cardíacos e tremores. Reconhecia aquelas sensações. Eu estava tendo uma crise de ansiedade!

Senti alguém encostar em meus ombros e tentei focar no rosto da pessoa. Vi que era a Monse, tentando me tranquilizar e meus amigos também faziam o mesmo, me rodeando. Comecei a chorar, envergonhada por voltar a ter crises assim e com nojo da cena que havia acabado de presenciar.

Meu peito doia e eu só conseguia chorar. Eu queria gritar, mas nem isso conseguia. Me sentia fraca por estar tremendo e não conseguir respirar direito. Mas, a pior sensação era saber que havia me apaixonado por uma pessoa que não correspondia aos meus sentimentos, que meu primeiro amor havia quebrado meu coração pela primeira vez.

Não conseguia acreditar que o cara que eu amo, sim, porra. Eu amo esse desgraçado e me odeio por isso, estava quase transando com a garota que mais me odeia e mais me faz mal. Ele estava fazendo a mesma coisa que nós dois fizemos, só com ela.

Era uma dor insuportável. Não era carnal e sim emocional. Mil vezes pior!

Só rezava para que tudo fosse um pesadelo, que eu logo acordaria, ofegante e desesperada, mas, teria consciência de que não era real. Infelizmente, não aconteceu.

Era real. Muito real.

𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢWhere stories live. Discover now