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Gabriela Alarcon point of views🦋
USA, Los Angeles. – 2018, 21h10.

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Oscar se mantinha calado. Parecia assimilar tudo o que havia escutado. Por um lado, era bom não ter uma resposta de sua parte sobre isso tudo. Suas possíveis próximas ações e palavras me assustavam. Não acho que reagiria bem à qualquer merda que esse cara acabe falando.

— Qual deficiência?De qual porra de deficiência estamos falando?E que bebê é esse que você perdeu? – Oscar finalmente se pronunciou, mordendo o lábio inferior, tentando se controlar

— Eu não sei. Não faço a mínima ideia. Pode ser que nosso bebê nasça com deficiência, assim como pode ser que nasça sem nada. Toda essa merda é indiferente, amarei o meu filho independente de qualquer coisa e se não estiver pronto para tudo isso, simplesmente vá embora. – respondi categoricamente, sentindo meu instinto maternal – até então desconhecido –, se aflorar ao defender meu filho ou filha. Evitei falar sobre o bebê que perdi, não sabendo exatamente como entrar naquele assunto.

— Quero o Latrelle morto. Aquele hijo de la puta, vai pagar pelo que fez. – Oscar estava possesso de raiva, ignorando completamente tudo o que expus, até que pareceu se lembrar de algo. O observei ficar imóvel, parecendo raciocinar, até que se aproximou e me abraçou. — Estaremos sempre juntos e quero que sabia que pode confiar em mim. Sei que fui um babaca de merda com você e que não sentiu confiança para me contar que...que perdemos um filho. Não quero que isso se repita nunca mais. Quero estar com você nos piores e melhores momentos. Quero estar com você para tentar amenizar suas dores e compartilhar alegrias. Para sempre.

Engoli o nó que se formou em minha garganta, comovida com suas palavras. Hormônios de grávida, essa era a explicação.

— Isso soou como um pedido de casamento. Saiba que não serei a esposa de ninguém. – tentei brincar, para amenizar o clima, mas não funcionou muito. Nós dois estávamos melancólicos.

— Os profetas foderam a sua familia três vezes. O que pretende fazer sobre isso? – Cesar indagou, fazendo nos separar imediatamente

— Primeiro, vou ligar para a Cuchillos. Sem a bênção dela, não faz sentido correr o risco. – Oscar levantou e pegou seu celular, imediatamente segurei sua mão

— Vai falar com a minha...mãe? – engoli em seco, em um misto de nervosismo e ansiedade

— Seu pai disse que é ele quem vai procurar ela, lembra!? – Spooky relembrou e eu concordei, balançando a cabeça

— Ok!Eu estou muito perdido. Nos afastamos por praticamente duas semanas e você vai ter um filho. Agora, acabou de insinuar que sua mãe agora faz parte de uma gangue!? – Cesar me encarava com o cenho franzido e os olhos levemente semicerrados

— É uma longa história. – suspirei, rindo sem humor

— Tenho tempo e gosto de histórias longas. – Cesar se apressou em responder

Acabei rindo de sua curiosidade, começando imediatamente a contar sobre a recém descoberta relacionada à minha mãe. Quando terminei de contar, o Diaz mais novo me encarava incrédulo, como se ainda processasse toda aquela informação. Gargalhei, não me contendo. Sentia saudade das reações e conselhos do meu melhor amigo, ele sempre conseguia erguer a minha vibe.

𝐊𝐞𝐞𝐩 𝐚𝐰𝐚𝐲 | 🦋 | 𝙾𝚜𝚌𝚊𝚛 𝙳𝚒𝚊𝚣 ʰᶦᵃᵗᵘˢOnde histórias criam vida. Descubra agora