Capítulo 5 - A Noite Insegura.

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O sentimento as vezes pode ser mais forte do que uma amizade.

A intensidade não significa que um sinta menos que o outro, mas também não é um documento que explicita que tal pessoa é sua, mesmo depois de um término.

Chega ser abusivo quando uma das partes ainda quer lutar quando a outra já abriu mão para seguir a sua vida, ou é mais um lance de egoísmo? por não aceitar o término do relacionamento.

Independe da resposta a única certeza é ... ninguém é propriedade de ninguém, todos temos nosso poder de escolha, entre o que nos convém e o que nos desagrada.

Não vejo o poder de escolha como algo egoísta, mas sim como uma busca de paz mental, escolhendo o que é melhor pra ela.

Assim é a Verônica, mas disso vocês já sabem ... A garota de longos cabelos cacheados e personalidade forte, sempre se colocou em primeiro lugar, pois sabia que ela era a única responsável pela a sua história.

Enquanto jantava com sua família naquela noite, ela ouviu vozes vindo do lado de fora, uma das vozes era bem conhecida.

- Daniel. - Sussurrou Verônica descontente, colocando seu garfo contra o prato de comida, enquanto seus pais a encaravam.

- Onde você está indo? - Perguntou Mônica, sua mãe.

- Preciso resolver uma coisa, com licença. - Disse Verônica limpando os lábios no guardanapo e se retirando da sala de jantar, em direção a porta de entrada.

- Ela é exatamente igual a você na sua idade. - Disse o Pai de Verônica para Mônica, levando o garfo até a boca.

- Você acha? Eu não acho. Na minha época Leslie e eu fazíamos o terror naquela escola, sem contar o quanto os meninos eram loucos por nós. - Dizia Mônica de lembrando dos dias de adolescência.

- Aham, Mônica. Sei ... - Sussurrou o pai de Verônica em deboche.

Verônica ao abrir a porta de sua casa, deu de cara com Daniel confrontando Jack, que ainda em silêncio não dizia nenhuma palavra, apenas encarava os enormes olhos azuis de Daniel.

- Fala Jack, o que você está fazendo aqui? - Questionava Daniel seriamente.

- O que tá acontecendo? - Esbravejou Verônica, chamando a atenção de Daniel e Jack para ela. - Vocês dois estão malucos? Dá pra ouvir lá dentro. Daqui a pouco até os vizinhos vão sair pra fora.

Daniel nesse momento esbanjou um sorriso sem graça e caminhou até Verônica, lhe entregando o buquê de rosas vermelhas.

- Pra quê isso, Dani? - Questionou Verônica irritada.

- Bom, eu sei que não temos mais nada, mas ainda quero ir no baile com você. - Disse Daniel, enquanto desviava os olhos para Jack.

- Meu Deus. Isso só pode ser algum tipo de piada. Dani, nós terminamos e você sabe muito bem o motivo. Não vai ser o baile que vai concertar isso. - Disse Verônica.

- É apenas um baile Verônica. - Disse Daniel.

- Eu sei ... pra mim não dá. Sério! Desculpa. - Disse Verônica, levando os olhos para Jack que tentava esconder o simples buquê nas costas.

- É ele não é?! É com que com o Jack que você quer ir ... Cara, isso estava tão na cara. O tempo todo vocês juntos de um lado pro outro. É óbvio que vocês já estavam juntos ... por isso terminou comigo. Vai ao baile com ele! - Esbravejou Daniel.

- Daniel, não é nada disso. - Disse Jack.

- Cala a boca! Eu achei que você era meu amigo, mas que grande amigo ... me traindo pela as costas. - Esbravejou Daniel, levando os olhos para Verônica. - E você ... Verônica, sempre se portando como a dona da razão naquele colégio. Mal sabem a vagabunda que você é!

OSC - OS 4 ELEMENTOS //Where stories live. Discover now